Edson
Camargo
A
condenação radical do conhecimento histórico e filosófico deve ser identificada
como um fator importante em nosso ambiente político-social, porque aqueles que
a ditam não podem sequer ser chamados de impostores intelectuais – seu
horizonte de consciência é por demais limitado para que estejam conscientes de
sua desonestidade objetiva. Devem, portanto, ser caracterizados como
analfabetos funcionais com uma forte ânsia de autopromoção.
— Eric Voegelin
No dia 22 de agosto o projeto
de lei de "democratização da mídia" será lançado no
Congresso Nacional. A apresentação da proposta, intitulada como “de iniciativa
popular” já está sendo trabalhada e articulada com toda a vasta rede de
militantes, ONG´s (Intervozes, Andi, e outras, financiadas também pelo banco
Itaú), tentáculos para-partidários de que o PT e a elite globalista dispõem.
Sabe-se o que querem: é o velho sonho do Zé Dirceu, o controle da mídia. Quem
leu Orwell sabe que para essa turma “guerra é paz”, e neste caso, “democracia é
controle”. Não se pode esquecer o que foi a Confecom e
o chiste de Millôr Fernandes: “democracia é quando eu mando, quando você manda,
é ditadura”, o que podemos considerar uma boa síntese da mentalidade
esquerdista. Lá vêm eles de novo. O PT e seus comparsas. Graça Salgueiro
destaca que o controle da mídia foi o assunto mais debatido no último encontro
do Foro de São Paulo, realizado há poucos dias. E as FARC
já afirmam que apóiam tal controle.
Começaram os tumultos e as
manifestações que deixaram pelo menos 10 mortos – o jornalista José Maria e
Silva contabilizou 16 -, custaram milhões de reais em prejuízos e só deram
ocasião para o governo acelerar a venezuelanização do país. Quem começou a
palhaçada toda? O comparsas do PT. Aparece a “Mídia Ninja” armando das suas,
posando de independentes e denunciando a polícia carioca. Até que a farsa chega
ao fim. E quem são eles? Comparsas do PT. Figuras grotescas típicas da
militância feminista promovem um freak-show pornô, grotesco e blasfemo, só para
afrontar católicos em plena JMJ. Vamos ver quem são? Amiguinhas do PT.
Olavo de Carvalho denuncia o Foro
de São Paulo, e Breno Altman tem chiliquinho. Passam-se algumas horas, e todos
vêm a saber quem ele de fato é: comparsa do PT. Mais um. Sempre eles.
E o gigante novamente adormeceu.
Babando no sofá após o Jornal Nacional e a novela. Sabe como é: é muito
conteúdo para um dos povos que menos lê no mundo. Dorme, mas sonha: quer mais
saúde, mais educação, mais empregos. Ou melhor: querendo continuar a ser
enganado, sonha com mais saúde estatal, mais educação estatal, e claro, um
emprego estatal. É brasileiro e não aprende nunca. Não consegue conceber
uma vida, uma sociedade e uma economia relativamente livre do intervencionismo
de um Estado que ao longo de décadas tem inviabilizado carreiras,
vocações, frustrado ideais, imposto o auto-exílio para as melhores mentes que
surgem no país e roubado, nos últimos anos, via impostos abusivos, quase 40% do
que o “contribuinte” (desaforo, hein?) ganha. Enfim, brasileiro tem medo do
capitalismo porque nunca o viu. É puro medo do desconhecido. E depois o burro é
o americano. Esse ser que inventou o blues, o jazz, o jeans, a t-shirt, o rock,
e o melhor, os “checks and balances”. Para quê saber onde fica Brasília no
mapa?
A matança nossa de cada dia
prossegue: os quase 50 mil homicídios anuais podem ser muitos mais. Em 2010
podem ter chegado a 60 mil. Mais armas, contingente e preparo para as polícias?
Nem pensar, isso é idéia que causa arrepios à elite progressista que comeu
ração foucaultiana. Reduzir a maioridade penal? Ah, “coisa de fascista”. O que
pressupõe que o adolescente brasileiro é retardado moralmente quando comparado
aos de outros países. O legal é deixar o Estatuto da Criança e do Adolescente
tratar marmanjo com quase trinta anos na cara como criança. No país da
malandragem e da conexão PT-FARC, o “jovem infrator” é sempre a vítima da
sociedade. Mas para certas figuras da nossa esquerda hegemônica, é com Dadinhos
e Zés-Pequenos que se constrói uma grande nação. Pátria de chuteiras e ‘AK’ na
mão. Seu herói morre de overdose e seu inimigo, no poder, fala exatamente tudo
o que você gosta, e assim você, como boa “mulher de malandro”, continua votando
nele. A chamada “maldição de Saturno” presente no processo revolucionário é
realmente assustadora: a revolução começa a devorar seus filhos muito antes que
eles percebam.
Falei na aliança PT-FARC. Lá estão
seus amiguinhos e simpatizantes, no Foro de São Paulo, que continua dando as
cartas na América Latina. “Nunca ouvi falar”. Claro que não, criatura. Em
jornal sustentado pelo governo você não verá nada mesmo sobre o Foro. Ou quase
nada. O poder, para ser total, precisa ser invisível. Ou no mínimo discreto.
“Ah, acho esse negócio ‘muita viagem’”. Aí eu pergunto se o cara já entrou no
site do Foro. “Ah, tem site?”, responde a criatura, com cara de toalha pública
usada. Há figuras nessa terra que, enquanto não trabalharem num gulag tropical,
ao ouvirem qualquer prognóstico um tanto desagradável sobre os rumos do país,
para elas, será coisa de gente paranóica. Por mais que mal consigam verbalizar
suas muitas insatisfações. Por mais que nos olhos você veja frustrações
inúmeras. Almas fragilizadas e estupidificadas pelo convívio com pessoas
embrutecidas, cínicas, hedonistas, presunçosas e ignorantes. O país onde há
quem se diga cristão e que, diante da idéia de combater o aborto, o estúpido
diz: “ah, há outras questões mais importantes a serem discutidas”. Mas por 20
centavos ele aceita se tornar massa de manobra.
Se hoje somos terra devastada, é
por sermos muito mais do que “analfabetos políticos”. Como nação, nos tornamos
suicidas culturais, eunucos espirituais — para usar o termo de Voegelin - que
se castraram assim que viram o preço do compromisso que as experiências que
evocam o eterno, o bom, o belo e o verdadeiro nos cobram. Restará a barbárie.
Que para muitos nem sequer foi uma escolha. Não souberam que era possível
escolher. Pois quem lhes contou a história toda foram eles: os amiguinhos do
PT. De ontem e de hoje. Dos quais alguns crimes e pilantragens podem vir a
público a qualquer momento, para escândalo efêmero do povão, enquanto o plano
mestre de dominação avança, destruindo o já combalido Estado de direito,
roubando recursos e liberdade, dividindo e conquistando.
Fonte:
Mídia
Sem Máscara
Divulgação:
www.juliosevero.com