Grande
parte da atual confusão acerca da liberdade se deve ao fato de
pensarmos que a liberdade consiste na ausência de restrições externas, esquecendo-nos de que são mais importantes as limitações internas,
procuradas ou aceitas, que impedem o desenvolvimento da nossa
verdadeira personalidade. Trata-se essencialmente de possuir e de saber
exercer um potencial interior que inclui – em íntima relação – o domínio
de si, a posse de si e a realização pessoal.
“Tornas
livre , mas ele ainda não é
livre. Falta ainda que se liberte a si mesmo”.
“Julgas que és livre? Fala-me da raiz dos teus pensamentos, não de como
te livraste do jugo.
Achas que foste capaz de livrar-te dele? Muitos
abandonaram todos os seus valores ao rechaçarem as suas servidões.
Livre
de quê?
Olha-me nos olhos e
responde-me: livre para quê?...”
O homem moderno quer ser livre de. Mas o seu problema consiste em não saber para
que deve ser livre... E, como resultado, corre o perigo de perder ou
abandonar a sua liberdade, nem que seja pela simples razão de que é cada
vez menos capaz de propor-se uma meta que valha a pena, para a qual
possa orientar essa mesma liberdade......
De pouco serve a liberdade àquele que carece de valores ou ideais porque, não tendo na sua vida metas que valham a pena, as suas opções têm pouco ou nenhum valor real. Fundamentalmente, o seu problema é que não é capaz de respeitar as coisas que escolhe, porque escolheu coisas sem valor. Mesmo na hipótese de que haja mais liberdade no mundo de hoje, de que serve essa liberdade a um mundo que perdeu grande parte dos seus critérios de valor? É muito triste orgulhar-se de se terem finalmente aberto todos os caminhos, de se terem varrido todas as restrições que entulhavam esses caminhos, e, ao mesmo tempo, ter a crescente convicção de que são caminhos que não levam a parte alguma...
De pouco serve a liberdade àquele que carece de valores ou ideais porque, não tendo na sua vida metas que valham a pena, as suas opções têm pouco ou nenhum valor real. Fundamentalmente, o seu problema é que não é capaz de respeitar as coisas que escolhe, porque escolheu coisas sem valor. Mesmo na hipótese de que haja mais liberdade no mundo de hoje, de que serve essa liberdade a um mundo que perdeu grande parte dos seus critérios de valor? É muito triste orgulhar-se de se terem finalmente aberto todos os caminhos, de se terem varrido todas as restrições que entulhavam esses caminhos, e, ao mesmo tempo, ter a crescente convicção de que são caminhos que não levam a parte alguma...
SEMEANDO