Alexandre Brollo. Imagem: Pragmatismo Político |
Segundo
investigação promovida pelo Ministério Público, Alexandre Brollo,
ex-secretário municipal de obras de Blumenau, teria utilizado bens da
prefeitura, assim como horários de serviço, para campanhas eleitorais de
modo irregular.
Depois de
afastado temporariamente, teria utilizado funcionários e a estrutura da
pasta para a campanha do do vereador Fábio Fiedler (PSD). Segundo
escutas, determinaria inclusive locais onde deveriam ser realizados
trabalhos de asfaltamento, de modo a angariar votos para o candidato.
Ademais,
estaria envolvido em esquema de corrupção que teria desviado mais de
R$100 milhões dos cofres públicos, além de peculato-apropriação, compra
de votos e improbidade administrativa.
A indiferença
no que toca à coisa pública e a à população gerou polêmica sobretudo
pelo proferido em diálogo telefônico registrado em 26 de junho de 2012.
Em resposta a
um interlocutor que questionou uma declaração do vereador Fiedler,
declarou: "O povo tem que se foder". A seguir, transcrição do diálogo:
Interlocutor:
“Ele não pode falar essas coisas… A população tá morrendo, já tão tudo
revoltado e o Fábio fala um negócio desses. Ele tem que mentir um pouco
de vez em quando.”
Brollo: “Ele sabe que não vão comprar.”
Interlocutor: “Dá um toque pra ele mentir um pouco mais… Ver um pouco mais o lado humano, do povo…”
Brollo: “O povo tem que se foder. Vão se foder, vão pagar R$ 60 pila pra fazer as coisas (tomar a vacina).”
O que você
pensa a respeito desta declaração e deste contexto? Pode representar a
postura de parcela dos políticos brasileiros no que diz respeito às
condições da população?
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.
Com informações de Vinícius Segalla e Guilherme Baza/Uol, Pragmatismo Político.
http://www.folhapolitica.org/2013/06/o-povo-tem-que-ser-f-afirma-secretario.html#more