O papa Francisco convidou neste sábado, durante uma missa na capela da
Casa Santa Marta do Vaticano, os fiéis a darem o testemunho "com
coragem" da fé católica em sua integridade, porque com ela "não se
negocia".
Segundo informa a "Rádio Vaticano", o pontífice presidiu neste sábado a
missa na Casa Santa Marta na presença de uma família argentina e de
algumas religiosas da ordem das Filhas de São Camilo e das Filhas de
Nossa Senhora da Caridade.
Durante sua breve homilia, o papa argentino lembrou as passagens
bíblicas nas quais os apóstolos Pedro e João dão testemunho de sua fé
"com coragem perante os chefes judaicos apesar das ameaças" e Jesus
ressuscitado recrimina a incredulidade de alguns dos seus que não
acreditam no que os dois apóstolos disseram, tê-lo visto vivo.
"Pedro não calou sua fé, não se rebaixou aos compromissos, porque a fé
não se negocia. Na história do povo de Deus, houve esta tentação às
vezes, a de cortar um pedaço à fé, a tentação de ser um pouco como fazem
os demais, a de não ser tão rígido", disse o papa.
"Mas quando começamos a cortar a fé, a negociar a fé, um pouco a
vendê-la ao melhor licitante, começamos o caminho da não fidelidade ao
Senhor", acrescentou Francisco, que disse que o exemplo de São Pedro e
São João dá força aos católicos, embora também hoje há "mártires" do
Catolicismo em muitos países.
Segundo o papa, "os cristãos são perseguidos pela fé" também no século
XXI, pois em "alguns países não podem levar a cruz: são castigados" e
isto faz com que a Igreja Católica atual seja "uma Igreja de mártires".
Além desta missa na Casa de Santa Marta, Francisco recebeu hoje em
audiência no Vaticano ao prefeito regional da Congregação para os
Bispos, o cardeal canadense Marc Ouellet, e o prefeito regional da
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o
espanhol Antonio Cañizares Llovera.