As nações
ocidentais têm "provas contundentes" de que foram utilizadas armas
químicas, ao menos uma vez, na guerra civil síria, destacaram diplomatas
nesta quinta-feira.
O governo do
presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu a ONU que investigue suas
denúncias contra as forças rebeldes, mas agora nega o acesso dos
especialistas ao país temendo que o organismo denuncie as tropas do
regime.
"Temos provas
contundentes", disse um diplomata ocidental ao comentar as acusações dos
sírios. "Há vários exemplos de que estamos bastante seguros de que
projéteis com produtos químicos foram utilizados de forma esporádica".
Grã-Bretanha e
França informaram às Nações Unidas sobre denúncias de que as forças do
regime sírio utilizaram armas químicas contra rebeldes na cidade de
Homs, no dia 23 de dezembro, e em Ataybah, na região de Damasco, no mês
passado.
O governo sírio
pediu uma investigação da ONU após acusar os rebeldes de disparar um
projétil com carga química contra Khan al-Asal, na província de Aleppo,
no dia 19 de março.
Com o agravamento
do conflito na Síria, que já deixou mais de 70 mil mortos, o confronto
internacional em torno da crise também se aprofunda, dividindo o
Conselho de Segurança da ONU.