Embalagem do suco continha soda cáustica.
(Foto: Airton Sinto/Arquivo Pessoal)
(Foto: Airton Sinto/Arquivo Pessoal)
Um laudo do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou que a embalagem do suco de maçã Ades, consumido por uma moradora de Guarujá,
no litoral de São Paulo, continha soda cáustica. O exame foi
encomendado pelo advogado da mulher, que alega ter passado mal depois
que engoliu o produto à base de soja. O laudo ficou pronto no dia 20 do
último mês, mas a consumidora só teve acesso durante o último fim de
semana.
A Unilever foi procurada pelo G1 e reafirmou que 96
unidades de Ades sabor maçã foram envasadas com solução de limpeza, mas
que alertou a população anunciando, a partir do dia 14 de março, o
recall do produto.
Segundo o documento, o pH (Potencial Hidrogeniônico), ou índice de
acidez do produto, é 13,5, que corresponde à soda cáustica. "Agora o
laudo vai ser anexado à ação de indenização por dano moral que movi
contra a Unilever, na 2ª Vara Cível de Guarujá", explica o advogado
Airton Sinto.
O advogado afirma que o vice-presidente da Unilever Brasil, Newman
Debs, mentiu durante audiência pública na Comissão de Defesa do
Consumidor da Câmara dos Deputados, realizada no dia 27 de março em
Brasília (DF). "Ele disse que desde o primeiro momento em que a empresa
teve conhecimento da contaminação já tomou medidas para avisar a
população, a imprensa e os órgãos competentes. Isso é mentira. A minha
cliente ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no mesmo
dia. Ela tem um protocolo que confirma isso. É só resgatar a gravação
da conversa. Também avisamos a Vigilância Sanitária de Guarujá. Ainda
assim, a Unilever só se pronunciou sobre o assunto uma semana depois",
explica.
Sinto diz que sua cliente, que não quer se identificar por medo de
represálias, já está melhor de saúde, mas ainda tem uma sequela
psicológica. "Ela não se conforma de ter sido ignorada. E eu também,
como cidadão, não entendo como uma empresa desse porte pode se comportar
de forma tão evasiva, desrespeitando o consumidor", conclui.
Lote da bebida foi recolhido por fabricante.
(Foto: Airton Sinto/Arquivo Pessoal)
(Foto: Airton Sinto/Arquivo Pessoal)
Medidas corretivas
Em nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Unilever reafirma que imediatamente após certificar-se do problema - que até 96 unidades de Ades sabor maçã, de 1,5 litro (lote AGB25), foram envasadas com solução de limpeza - alertou a população, anunciando, a partir do dia 14 de março, o recall do produto e informando oficialmente às autoridades competentes. A empresa reforça que deu todo o atendimento necessário aos consumidores afetados que entraram em contato com a empresa.
A Unilever afirma ainda que a fábrica de Ades já foi visitada em duas ocasiões pelas autoridades e todas as medidas corretivas solicitadas pela Secretaria Estadual de Saúde já foram implementadas.
A empresa finaliza pedindo desculpas novamente aos consumidores afetados, reafirmando que o principal objetivo da Unilever é garantir a segurança do consumidor e manter a máxima transparência em relação à qualidade e excelência de seus produtos.
Em nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Unilever reafirma que imediatamente após certificar-se do problema - que até 96 unidades de Ades sabor maçã, de 1,5 litro (lote AGB25), foram envasadas com solução de limpeza - alertou a população, anunciando, a partir do dia 14 de março, o recall do produto e informando oficialmente às autoridades competentes. A empresa reforça que deu todo o atendimento necessário aos consumidores afetados que entraram em contato com a empresa.
A Unilever afirma ainda que a fábrica de Ades já foi visitada em duas ocasiões pelas autoridades e todas as medidas corretivas solicitadas pela Secretaria Estadual de Saúde já foram implementadas.
A empresa finaliza pedindo desculpas novamente aos consumidores afetados, reafirmando que o principal objetivo da Unilever é garantir a segurança do consumidor e manter a máxima transparência em relação à qualidade e excelência de seus produtos.
O caso
Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, passou mal depois de ingerir uma bebida à base de soja que comprou em um supermercado da cidade. A vítima alega que bebeu o suco de maçã Ades durante um encontro entre colegas de trabalho. Assim que engoliu o produto, a mulher começou a passar mal, com uma sensação de queimação interna.
Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, passou mal depois de ingerir uma bebida à base de soja que comprou em um supermercado da cidade. A vítima alega que bebeu o suco de maçã Ades durante um encontro entre colegas de trabalho. Assim que engoliu o produto, a mulher começou a passar mal, com uma sensação de queimação interna.
Segundo a consumidora, antes de ser levada para o hospital pelos
amigos, ela ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da
fabricante Unilever para informar o que aconteceu, mas a atendente
respondeu que era um caso pontual e que a empresa não iria retirar o
suco do mercado. Um exame preliminar, feito em uma empresa particular,
apontou as chances de contaminação por soda cáustica.
http://g1.globo.com