1. INTRODUÇÃO Dentre várias definições sobre teologia, esta é a que entendemos ser a que mais se encaixa no contexto...
Estudar teologia pra quê?
1. INTRODUÇÃO
Dentre
várias definições sobre teologia, esta é a que entendemos ser a que
mais se encaixa no contexto deste estudo. O termo Teologia vem do grego
Theos → Deus e Logos → Palavra, Estudo. No contexto de nossos dias
podemos definir Teologia como: “A Doutrina de Deus e suas relações com o
universo.” (Alexandre Milhoranza).
Não seria recomendável dizer que a teologia tem como alvo estudar ou conhecer Deus de forma total e completa. Isto seria no mínimo impossível e porque não dizer uma manifestação de soberba de nossa parte. Deus é infinito, insondável, soberano, ao passo que somos limitados e imperfeitos, e por esta razão estamos impossibilitados de explicar Deus. A velha natureza ainda habita em nós, e esta faz com que tenhamos definições limitadas e por muitas vezes imperfeitas sobre Deus. Ele deseja ser conhecido, manifestando seu amor por nós, no entanto, revela-se a humanidade de conformidade com nossas limitações.
Não seria recomendável dizer que a teologia tem como alvo estudar ou conhecer Deus de forma total e completa. Isto seria no mínimo impossível e porque não dizer uma manifestação de soberba de nossa parte. Deus é infinito, insondável, soberano, ao passo que somos limitados e imperfeitos, e por esta razão estamos impossibilitados de explicar Deus. A velha natureza ainda habita em nós, e esta faz com que tenhamos definições limitadas e por muitas vezes imperfeitas sobre Deus. Ele deseja ser conhecido, manifestando seu amor por nós, no entanto, revela-se a humanidade de conformidade com nossas limitações.
Neste contexto, o papel da teologia é levar o
estudante ao encontro de Deus para conhecê-lo. Por meio De seu filho,
Jesus Cristo, Deus manifesta seu amor pela humanidade na pessoa de Jesus
no milagre da encarnação, onde a palavra se faz carne, habita entre
nós, e nos chama para termos uma relação de amor com o Eterno. O estudo
da teologia não pode ser encarado apenas como um instrumento de pesquisa
numa tentativa de especular um ser transcendente como alguns tem feito.
Esta atitude certamente irá resultar em um academicismo teológico onde
não haverá uma relação de intimidade entre Deus e o futuro Teólogo.
Primeiramente deve haver o exercício de uma espiritualidade, numa busca
do sagrado, em seguida a teologia entra dando as diretrizes para a
construção da mesma.
Como deveremos observar mais adiante neste estudo, deve haver uma relação entre espiritualidade e teologia que a meu ver, devem estar de mãos dadas, pois uma depende da outras, ambas se completam. Teologia sem espiritualidade tende a nos transformar em uma enciclopédia de informações teológica, mas sem experiências de relação com O Deus que é revelado nela. Uma espiritualidade sem teologia pode desembocar em fé alienada, impossibilitando-nos de explicar a razão da nossa fé.
Como deveremos observar mais adiante neste estudo, deve haver uma relação entre espiritualidade e teologia que a meu ver, devem estar de mãos dadas, pois uma depende da outras, ambas se completam. Teologia sem espiritualidade tende a nos transformar em uma enciclopédia de informações teológica, mas sem experiências de relação com O Deus que é revelado nela. Uma espiritualidade sem teologia pode desembocar em fé alienada, impossibilitando-nos de explicar a razão da nossa fé.
2. PORQUE DEVO ESTUDAR TEOLOGIA:
Ao contrario do
que muitos pensam o estudo da teologia não se restringe apenas aos
intelectuais e acadêmicos. A teologia é tarefa para todos. Não é um meio
de se destacar entre os sábios e entendidos em matéria de religião,
também não é um estudo direcionado em conhecer a totalidade da revelação
de Deus ao Homem, pois certamente isto não irá acontecer, visto que
nossa limitação não pode compreender a revelação de Deus de forma
completa, pois ele é eterno e infinito, ao passo que somos pecadores
limitados (1 Cor.13.9-12). Digo que é um meio de termos um
relacionamento mais próximo com o Eterno, de conhecermos seus atributos,
sua vontade.
A teologia nos leva ao encontro da graça de Deus.
Não somente um meio de exercício do intelecto, numa tentativa de
conhecer a vontade de Deus para nós, mas uma dádiva de Deus com
propósito de se fazer conhecido por meio das Escrituras, e isto é para
todos que desejarem se esmerar no estudo dela.
O professor e teólogo Solano Portela em Seu artigo por Título
“O Estudo da teologia e as Escrituras” diz: “Estudar teologia não é uma
área segregada à academia teológica; não pertence à esfera de
intelectuais maçantes que se preocupam em descobrir e firmar termos
técnicos incompreensíveis aos demais mortais; não é monopólio daqueles
que escrevem livros meramente para adquirir a respeitabilidade e
admiração de seus colegas docentes; nem pertence a mosteiros
anacrônicos, que procuram se aproximar de Deus distanciando-se do mundo
que Ele criou. Mas é tarefa de todas as pessoas”.
(Fonte:monergismo-mores.blogspot.com.br)
O estudo da teologia
é uma tarefa para todo cristão. Erramos quando não nos esforçamos na
leitura e reflexão das escrituras. Jesus nos adverte em sua palavra
sobre a questão e, portanto pecamos quando não damos crédito a ela.
Corremos sério risco de cairmos no engano cometendo erros de interpretação de textos bíblicos que podem nos levar a uma fé errante. Leia a crítica de Jesus feita aos seus opositores sobre a questão (Mt.22.29; Mc.12.24; 14.49).
Corremos sério risco de cairmos no engano cometendo erros de interpretação de textos bíblicos que podem nos levar a uma fé errante. Leia a crítica de Jesus feita aos seus opositores sobre a questão (Mt.22.29; Mc.12.24; 14.49).
Uma teologia sadia, livre de
pressupostos humanos, feita com análise cuidadosa, visto que há várias
correntes teológicas em nosso meio, certamente nos ajudará a encontrar
um caminho mais seguro na busca da maturidade. O estudo e reflexão das
escrituras, acompanhado de oração, humildade e submissão ao Espírito
Santo, resultará em uma compreensão mais profunda sobre a pessoa de
Jesus Cristo, como também nos dá maior clareza quanto a nossa identidade
cristã, nos levando ao exercício de uma espiritualidade mais
centralizada em Cristo.
Nesse estudo, Teologia e oração devem ser
duas amigas inseparáveis, pois ambas devem caminhar juntas. Teologia sem
oração resulta em racionalismo teológico onde o aluno corre sério risco
de desenvolver uma espiritualidade focada na razão sem muitas
experiências relacionais ou quase nenhuma intimidade com o Eterno. O
grande perigo que permeia é colocar a razão acima da fé. Teologia sem
oração produz teólogos com pensamentos liberais em extremo, pois a falta
de oração e humildade no estudo da teologia aniquila a fé. Oração sem
teologia resulta em uma fé alienada.
Fé que não reflete, não
pensa, não constrói convicções seguras nas escrituras, fé que está
sujeira a manipulação, fé aprisionada nos grilhões da ignorância
resultando em um analfabetismo teológico, fé induzida pelas massas, pelo
falso discurso, fé vacilante. Como bem disse John Stott: “Crer é também
pensar”. Fé que não pensa impede o avanço da maturidade.
A
teologia também exerce papel importante no tocante à libertação da
tradição, formalismo e legalismo, males que permeiam nos sistemas
denominacionas ultrapassados. São dogmas e tradições criados e impostos
por homens que em nome da denominação, coloca-os acima das escrituras,
onde tais pensamentos não encontram sustentação bíblica e teológica. A
teologia estudada à luz das escrituras alarga a visão, fazendo o cristão
enxergar novos horizontes, fazendo análises, releituras e
reinterpretações numa perspectiva mais escriturística, com bases mais
sustentáveis da revelação de Deus ao homem. Não que através da teologia
sejamos transportados para outra esfera com pensamentos liberais e
críticos, ao ponto de negar fundamentos como inerrância das escrituras,
sua infalibilidade e outros conceitos reformados, mas uma análise que
busca um relacionamento amoroso com Deus e com o próximo, livres das
interpretações, ritos e tradições baseadas em maquetes religiosas.
É
na teologia que encontramos a liberdade de expressão onde por meio da
liberdade em Cristo Jesus revelada em sua palavra, poderemos formar uma
linha de pensamento teológico livre de manipulações e pressupostos
humanos onde o teólogo passa a desenvolver uma teologia reflexiva
equilibrada, passando assim a uma melhor compreensão de questões como
Reino de Deus, Liderança, fé, Escatologia, predestinação e livre
arbítrio e dentre outros temas dentro do campo da teologia.
A
teologia é tarefa para todos porque Deus deseja em seu infinito amor
amar e ser amado. É o eterno que através da teologia bíblica deseja se
revelar a toda à humanidade. O ser humano em seu estado de depravação e
pecado está incapacitado de se aproximar de Deus, e somente por
intermédio da pessoa de Jesus Cristo é encontrada esta possibilidade. É
neste cenário que entra o estudo da teologia. Não em outro lugar, se não
nas escrituras o homem encontra Deus revelado na pessoa do Filho
Unigênito, o Cristo encarnado, o Deus que se fez homem e habitou entre
nós, O Jesus de Nazaré, O verbo vivo, O Deus de toda eternidade. A
teologia cumpre seu papel dando a todos a possibilidade de conhecer e
desfrutar da maravilhosa graça de Deus revelada nas escrituras.
Para
muitos estudar teologia é um meio de se destacar entre os demais numa
maneira de alimentar o ego ou uma tentativa de conhecer Deus em sua
totalidade, o que certamente não acontecerá. Para outros, e nisto
lamento, a teologia é uma forma de receber alguma ordenação de sua
denominação ou enganosamente entender que fazendo teologia receberá
título de pastor, bispo, padre, presbítero e etc. Deve-se fazer teologia
simplesmente para Servir a Deus e aos irmãos. O tempo de estudo, as
pesquisas, o investimento financeiro e tudo mais, são puro desperdício
se a motivação não for servir no Reino de Deus.
Aos estudantes de
teologia cabe a árdua tarefa de levar a igreja a trilhar no caminho de
uma verdadeira espiritualidade, uma vida que imita a Cristo, ensinar uma
teologia que revele a graça de Deus como de fato ela é, sem camuflagem,
sem artifícios humanos, uma teologia que parte do coração de Deus, que
coloca Cristo como centro, uma teologia que produz vida, e vida com
abundancia.
3. A RELAÇÃO ENTRE ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA:
A
relação entre espiritualidade e teologia, tão importante para termos um
relacionamento mais íntimo e pessoal com Deus, na maioria das vezes,
não tem sido exercitada de forma correta no meio evangélico. Em nossas
igrejas, Existe uma forte tendência de sermos sempre levados ao extremo,
ou seja, abraçando um lado em detrimento do outro. Para entendermos
melhor a questão, basta apenas observar a pratica de espiritualidade das
igrejas da América latina e Europa. Ambas diferem bastante uma da
outra. A primeira é mística, onde se valoriza a oração, manifestação de
dons como profecias, curas, línguas, deixando em segundo plano o estudo e
reflexão das escrituras.
A segunda prega uma teologia racional,
onde a razão prevalece, e submete a bíblia à razão humana. Nesta
espiritualidade, descarta-se a possibilidade de uma experiência
relacional com Deus. Essa forma de espiritualidade, forma teólogos
puramente racionalistas. Teólogos que não oram, não creem em verdades
espirituais como, céu, inferno, Ressurreição, dons espirituais,
milagres, existência de demônios e outros. Não sentem mais o desejo
ardente em seus corações de ter um relacionamento de amor com Deus e com
o próximo.
Diante do desafio, certamente o melhor caminho é o
equilíbrio. Para desenvolvermos uma teologia sadia, devemos buscar um
equilíbrio entre espiritualidade e teologia. Questões da bíblia que o
nosso intelecto não consegue compreender, só podem ser reveladas por
meio da fé. A fé não pode anular a razão, mas transcende, revelando
verdades espirituais não compreendidas pela limitação do nosso
entendimento humano. É preciso entender que a teologia não irá dar todas
as respostas que queremos, mas sua finalidade é ajudar na construção de
uma espiritualidade centrada em Cristo Jesus.
É necessário que haja também uma fé com entendimento, uma fé que pensa, uma fé reflexiva, para não cairmos no erro do fanatismo religioso, onde muitos se tornado alienados por falta de entendimento. Portanto, uma teologia sem espiritualidade nos leva a um racionalismo sem vida, e uma espiritualidade sem teologia, nos leva a uma fé sem entendimento. (www.teologiaevida.com.br)
É necessário que haja também uma fé com entendimento, uma fé que pensa, uma fé reflexiva, para não cairmos no erro do fanatismo religioso, onde muitos se tornado alienados por falta de entendimento. Portanto, uma teologia sem espiritualidade nos leva a um racionalismo sem vida, e uma espiritualidade sem teologia, nos leva a uma fé sem entendimento. (www.teologiaevida.com.br)
4. A RELAÇÃO ENTRE FÉ E RAZÃO:
Por
vários séculos, através da história muitos ramos da teologia se valeram
da razão para tentar explicar teologicamente as devidas questões sobre o
assunto. Mas a própria história relata que muitos caíram em um abismo
sem volta. Negaram a fé em benefício da exaltação da razão, submetendo a
bíblia sobre o crivo do entendimento humano. Influenciados pelo
pensamento de que tudo deveria ser explicado pela mente humana, muitos
cristãos defenderam a ideia de que a Bíblia deveria estar submissa ao
crivo da razão. Então, tudo que não fosse explicado racionalmente de
veria ser descartado. Esse pensamento formou uma teologia
antropocêntrica, racionalista que desprezava a Bíblia e abraçava a razão
humana. A Escritura foi submetida ao limitado pensamento humano.
Tudo
que não fosse provado cientificamente deveria ser rejeitado. Não havia
mais espaço para oração. A razão humana tragou a fé. Milagres, doutrinas
como nascimento virginal de Cristo, Céu, Anjos, Inferno, ressurreição e
muitas outras verdades bíblicas, foram totalmente rejeitadas
simplesmente pelo fato da razão humana não aceitar o que não fosse
provado à luz do saber.
Entre fé e razão deve haver equilíbrio. Na
teologia bíblica, Existem textos que nossa razão humana não consegue
compreender, é inútil explicar o inexplicável, é como lutar contra a
correnteza em um barco sem leme ou enxergar o caminho no deserto em
noite de eclipse. No entanto, por meio da fé nós cremos e pregamos com
convicção. O inexplicável pode ser aceito por meio da fé. Neste caso, é
possível crer sem ter uma explicação definitiva sobre a questão.
A fé não anula, mas transcende a razão. Como crer, por exemplo, na doutrina da trindade ou na eleição e predestinação? É impossível entender pela razão humana, mas pela fé cremos que é revelação de Deus para nós, ainda que em nossa percepção, seja entendida de forma limitada e incompleta.
A fé não anula, mas transcende a razão. Como crer, por exemplo, na doutrina da trindade ou na eleição e predestinação? É impossível entender pela razão humana, mas pela fé cremos que é revelação de Deus para nós, ainda que em nossa percepção, seja entendida de forma limitada e incompleta.
A fé deve estar em sintonia com o entendimento,
pois como poderemos explicar aos outros a razão da mesma? Como poderemos
anunciar as boas novas do evangelho, sem conhecer de fato o que ela
significa para nós?
É por meio da fé, e não pelo exercício da
razão que começamos e mantemos uma relação com Deus. Relaciona-se para
conhecer, e uma vez conhecendo, começamos a amar e ser amado,
desfrutando de sua maravilhosa graça que é rica em misericórdia,
compaixão, perdão, acolhimento. Então, a razão serve apenas para
compreender. Compreendemos com a mente, e nos relacionamos com o
coração. A razão nos faz entender, o espírito por meio da fé arde em
conhecer aquele que deu sua vida por nós na cruz do calvário.
5. O SILÊNCIO DA TEOLOGIA:
Há
momentos na teologia em que o teólogo deve silenciar, e, portanto não
dogmatizar seu pensamento sobre algumas questões teológicas.
O
silêncio da teologia é aplicado, quando encontramos passagens de difícil
interpretação. Existem assuntos na bíblia que sempre ficarão sem
definição total e completa. Podemos chamar isto de “mistérios de Deus”,
pelo menos até na volta do que é perfeito (Ler.1Cor.13). Em alguns
casos, isto é chamado de antimônio. Isto acontece quando encontramos
doutrinas que aparentemente se contradizem, mas que no final elas se
completam. Tem havido através da história, muitas divergências
teológicas a cerca de diversos temas da bíblia e levado alguns teólogos
ao extremismo, não havendo concordância, entre os pontos de vista de
cada um. Nestes casos recomenda-se flexibilidade, abertura para novos
diálogos e respeito mútuo, compreendendo que nossa teologia, não é
infalível, e que outras linhas de pensamentos não devem ser desprezadas,
ter a sensibilidade de ouvir por meio de um debate ou diálogo os
argumentos do outro.
No estudo da teologia, o teólogo precisa se
revestir de espírito de humildade e buscar o equilíbrio para não correr o
risco de abraçar uma e rejeitar a outra. Temos uma forte tendência em
escolher e estudar textos prediletos que por muitas vezes são baseados
em nossas confissões denominacionais, que na maioria das vezes, parte de
tradições, dogmas da denominação e pressupostos e que no geral sempre
concordam com nossa linha de pensamento teológico. Entretanto, devemos
estudar e refletir sobre textos que confrontam a nossa teologia, visto
que os mesmos são escriturísticos. O alvo é construir uma teologia de
forma equilibrada livre de pressupostos colocando a palavra de Cristo
como centro dela. Deve-se aproximar-se do texto desprendido, livre, com
espírito de humildade e oração.
Silenciar nossa teologia diante
das dificuldades na interpretação dos enigmas teológicos nos faz
compreender e aceitar a soberania de Deus, que em sua infinita sabedoria
nos revela sua palavra como lhe apraz. O que aprouve a ele revelar é o
necessário. Especular é beirar o precipício, é manifestação de soberba, é
ausência de bom senso. Certamente o melhor caminho é o silêncio.
6. ALGUNS PERIGOS DA TEOLOGIA:
A
exaltação à Filosofia. Há vários séculos atrás a filosofia já se
misturava com a teologia para explicar questões concernentes ao eterno.
Isto é observado no platonismo (Platão) que tentava explicar o sentido
da vida além-túmulo. O teólogo Agostinho também se valeu da filosofia
para explicar questões teológicas. Em fim, a filosofia certamente
exerceu um importante papel na história da igreja e da teologia.
Mas há um perigo que ronda os pretendentes que aspiram ao serviço teológico.
A valorização em extremo à filosofia. Muitos descambaram na armadilha do racionalismo teológico. Estes se tornaram céticos sobre várias questões da Bíblia, chegando a negar doutrinas fundamentais do cristianismo. Corremos o risco de submeter nossa teologia ao crivo da filosofia, desprezando a fé e a reflexão das escrituras. Foi esse perigoso ensino que fez com que muitos teólogos da Europa, chamados “teólogos liberais” negassem a fé, abraçando a filosofia como base para suas vidas. A filosofia tem o seu lugar na teologia, mas nunca pode ser colocada acima da mesma.
A valorização em extremo à filosofia. Muitos descambaram na armadilha do racionalismo teológico. Estes se tornaram céticos sobre várias questões da Bíblia, chegando a negar doutrinas fundamentais do cristianismo. Corremos o risco de submeter nossa teologia ao crivo da filosofia, desprezando a fé e a reflexão das escrituras. Foi esse perigoso ensino que fez com que muitos teólogos da Europa, chamados “teólogos liberais” negassem a fé, abraçando a filosofia como base para suas vidas. A filosofia tem o seu lugar na teologia, mas nunca pode ser colocada acima da mesma.
A filosofia por sua vez dará sua
contribuição em nossa formação teológica, alargando o pensamento, onde
leva o teólogo questionar o porquê das coisas, no entanto não deverá
exercer influência total em nossa teologia.
Outro perigo da teologia é separar teologia e oração. O teólogo que não ora corre o perigo de cair no intelectualismo, dando ênfase ao conhecimento e ao acúmulo de informações fazendo com que sua pregação se torne seca e sem vida.
A dicotomia entre oração e teologia.
Outro perigo da teologia é separar teologia e oração. O teólogo que não ora corre o perigo de cair no intelectualismo, dando ênfase ao conhecimento e ao acúmulo de informações fazendo com que sua pregação se torne seca e sem vida.
A dicotomia entre oração e teologia.
Quando
pensamos em estudo da teologia, a primeira coisa que vem à mente é ler,
pesquisar e refletir sobre as questões. Mas é perigosa a prática deste
exercício sem o regar da oração. Ao estar diante do texto, o teólogo
deve está revestido de humildade. Em oração, deve submeter-se a
iluminação do Espírito Santo para compreender e interpretar as
escrituras. Pedir a ajuda do Espírito para que nossa teologia não seja a
mais correta, mas que seja coerente e equilibrada, não dogmática, mas
flexível, não detentora da verdade, mas aberta para novos diálogos. Sem
oração, como haverá resposta para compreender a revelação que esta
encoberta? Teologia e oração não podem se distanciar, devem ser amigas
inseparáveis. Ambas se completam na revelação do altíssimo, por meio do
filho. É na oração que podemos perceber nossa limitação diante de
tamanha e maravilhosa revelação, perceber nossa condição de pecador e
depender da ajuda de Deus para compreender, é com oração e teologia que o
cristão encontra a razão para expressão de sua fé. Teologia sem oração
desemboca em racionalismo teológico.
Fazer teologia para
satisfazer nosso egocentrismo. Certa vez conversava com um estudante de
teologia que desanimado não pretendia continuar o curso. Seu argumento
foi que, se ao final do curso, não seria ordenado pastor, não valeria
apena continuar. Muitos ingressam no curso de teologia movido por um
espírito egocêntrico. Querem fazer teologia, não para servir os outros,
mas simplesmente para satisfazer seus próprios interesses.
CONCLUSÃO
Conseguir
uma ordenação, de preferência, pastor, bispo ou presbítero por muitas
vezes é a motivação do pretendente. Acontece que teólogo é chamado para
servir. Deve colocar a disposição seus serviços a serviço do Reino de
Deus com a finalidade de edificar o corpo de Cristo que é a igreja. A
recompensa dos anos de estudo, tempo de pesquisa, investimento
financeiro, em fim, todo o esforço é recompensado pelo prazer de servir
de irmãos. O dom = χαρισμα= Carisma, de Mestre e Doutor é concedido à
igreja com a finalidade de edificação, onde o teólogo deve compartilhar
com a comunidade o ensino da palavra. Seus serviços devem ser exercidos
de forma voluntária, de bom grado, sem constrangimento. Como diz um
amado colega pastor: Fazer com amor!. Todo o investimento é desperdício,
se a motivação não for o servir.
BIBLIOGRAFIA:
BÍBLIA SAGRADA. Bíblia de estudos Shedd. São Paulo: ed. Vida Nova, 1998. 1786 pp.
BÍBLIA SAGRADA. Bíblia de estudo de genebra. São Paulo: Ed. Cultura Cristã,
1999. 1710 pp.
1999. 1710 pp.
DICIONÁRIO BÍBLICO UNIVERSAL. Rev. R. Buckland, M.A. , Rev. Dr. Lukyn Willimas. EUA: ed.Vida Nova, 1981. 453 pp.
BÍBLIA NVI. (Nova Versão Internacional)
SITES:
teologiaevida.com.br
monergismo-mores.blogspot.com