por
Jarbas Aragão
Baby do Brasil se compara a Daniel enfrentando a Babilônia
A revista ÉPOCA desta semana deu destaque à volta da
cantora ao repertório “secular” depois de quase 20 anos cantando apenas
música gospel. A retomada tem sido um sucesso de público e de crítica.Depois de levar o show com antigos sucessos ao Rio de Janeiro e Salvador, esta semana ela fará shows em São Paulo. Durante o Carnaval estará em Recife e Fortaleza. Por causa disso, o bloco gospel de Baby foi cancelado este ano.
Ela conta que recebeu o convite do seu filho, Pedro Baby, para voltar a cantar seus antigos sucessos, daí o nome do espetáculo ser “Baby Sucessos”. Depois de orar muito, aceitou o desafio. Segundo ela, “Não foi nada programado. E, da noite para o dia, todo mundo agora quer ver o show. É a mão de Deus. Não tenho dúvida”.
Pedro é guitarrista e cuida da parte musical do espetáculo. Mas pediu que a pastora deixasse de lado, nesse projeto, as canções gospel. A posta deu certo e Baby tem atraído uma multidão de jovens por onde passa. A maioria das canções fez sucesso nas décadas de 1970 e 1980, quando ela fazia parte do grupo Novos Baianos e depois na carreira ao lado do ex-marido Pepeu Gomes. Entre elas estão músicas como Menino do Rio (1979), Telúrica (1981), Todo dia era dia de índio(1981) e Sem pecado, Sem juízo (1985). “Estou indo cada vez mais para algo feliz, alegre, criativo. E essa é uma linguagem da juventude”, afirma Baby.
Baby do Brasil comemora e conta: “Deus já tinha me avisado que eu iria receber um convite. Uma semana depois desse aviso, Pedro me ligou e me convidou para fazer o show. Fui orar para saber de Deus se aquele era o momento. Tive uma palavra vinda de um profeta aí de São Paulo. No meio de um culto, ele me disse: “Deus está procurando os daniéis para entrarem na Babilônia”. É o Daniel da cova dos leões, saca? Isso confirmou que Ele me ungia para entrar novamente nessa babilônia”.
O fato é que ela tem recebido novamente convites para programas de TV e já planeja gravar um DVD .Para ela não há contradição no repertório e o fato de ela ser pastora. “Quando Pedro me mostrou as canções selecionadas, eu percebi que todas elas eram muito espirituais. E ele me disse que queria que as pessoas vissem que eu sempre fui assim. O grande barato é que todas elas, assim como as que compus para o gospel, não têm um cunho religioso que possa setorizar, colocar as pessoas em uma situação religiosa”.
Após completar 60 anos, ela diz que mantém o mesmo pique de antes. “Estou indo cada vez mais para algo feliz, alegre, criativo. E essa é uma linguagem da juventude. Com a idade, a tendência é ficar séria. Eu não. Fico mais brincalhona, mais feliz, justamente por esse meu lado mais espiritual… Eu sempre pedi a Deus para envelhecer bem, com muita energia, cabeça. E muito louca, sempre (risos)”.
Questionada sobre as críticas que recebeu de evangélicos por ter deixado de lado seu ministério por um tempo, ela é enfática “Teve muito susto. Mas, quando eu soube que era de Deus, sabia que todo mundo que estivesse com o Espírito Santo, iria entender. A mensagem iria chegar. Agora, tenho recebido muitos e-mails de pastores me dizendo “é de Deus!”. Deus é dono da parada toda”
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