Segundo agências de notícias russas, o Ministério de Situações de
Emergência do país informou que 514 pessoas ficaram feridas e buscaram
assistência médica, incluindo 82 crianças. Destas, 112 foram
hospitalizadas.
Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um
barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram
uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade
industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.
O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em
seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em
Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones
celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
Autoridades municipais de Chelyabinsk disseram que cerca de 400 pessoas
procuraram ajuda médica, a maioria por pequenos ferimentos causados por
estilhaços de vidro.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente
veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos,
morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse
ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o
presidente Vladimir Putin, que nesta sexta recebe ministros da Fazenda
dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram
notificados sobre os acontecimentos.
Não há informações sobre a relação da queda do meteorito com a
passagem, nesta sexta, de um asteroide de 50 metros de comprimento a
27.700 km acima da superfície da Terra. A distância é menor do que a
órbita dos satélites de comunicação.
Alguns veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais.
Janelas de um centro esportivo ficaram destruídas após serem atingidas por meteoritos nos Montes Urais (Foto: Reuters)
"Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteorito que se desintegrou
nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência "Interfax" a porta-voz
do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij.
Elena acrescentou que a onda expansiva provocada pela queda do corpo celeste quebrou as janelas de "algumas casas na região".
A porta-voz ministerial também informou que a queda do meteorito não
alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros
frequentes para a região.
Fonte: http://g1.globo.com/