A desembargadora Ivanira Feitosa julgou improcedente o pedido de habeas corpus que pedia a soltura do pastor pentecostal Alcindo Cristóvão Miranda, preso desde o dia 25 de abril do ano passado, acusado do estupro de dois menores, no bairro Cidade do Lobo, zona Sul de Porto Velho-RO.
De acordo com a
desembargadora, em que pese o pastor ser primário, residência fixa e
bons antecedentes não bastam para que seja solto. Alcindo teve a prisão
preventiva decretada pelo Juizado da Infância e encontra-se preso no
presido Pandinha, em Porto Velho, aguardando julgamento.
O crime
Segundo
informações da Polícia, dois meninos sendo um 16 e outro de 05 anos de
idade teriam sido estuprados pelo pastor missionário pentecostal no dia
22 de abril de 2012.
O acusado
aliciava as crianças passando óleo no corpo das vítimas antes de
realizar o ato sexual. Conforme relatos da Tia do menor de 5 anos de
idade, no sábado após o culto, o pastor ofereceu carona para levar a
criança na moto.
Segundo relatos
apurados na DEPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente) o
pastor teria vindo de Manaus (AM) para fazer algumas pregações em
diversas igrejas em Porto Velho.
Em um domingo, depois do culto ministrado, uma irmã da igreja ofereceu dormida e comida para o evangélico.
Na casa da
mulher o maníaco dormiu e por volta de 3h da madrugada tentou atacar um
menino de 12 que acordou e se trancou no banheiro. Não contente, porém
ensandecido, o pastor foi até o quarto do irmão da primeira vítima, onde
consumou o abuso sexual.
De acordo com o
boletim da delegada, o pastor teria passado um óleo corporal na criança
e em seguida introduziu algo duro em seu ânus. No dia seguinte ao abuso
o pastor foi embora antes que a família percebesse algo. A família se
deslocou até uma delegacia e fez o registro do fato. Diversas guarnições
policiais se uniram porem não conseguiram capturar o pedófilo.
Informações de
agentes de policia apontam que o pastor estava sendo acobertado por
“irmãos” de várias igrejas, que lhe forneciam carro, casa e dinheiro
para ele se esconder. Vendo o circo fechar, o evangélico se apresentou
na Delegacia de Menores, na companhia de advogados, onde foi algemado e
ouvido pela autoridade.
Outras quatro pessoas foram indiciadas por favorecimento pessoal e terão de se entender com a Justiça.
Veja vídeo com depoimento da criança e familiares
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