Péssimas notícias para os civis
Tornou-se um lugar comum dizer que o século XX, mais do que qualquer outro século na história conhecida da humanidade, foi o século da desumanidade do homem para com o homem. Embora esta frase seja memorável, ela é um tanto enganosa. Para ser mais acurada, o certo seria modificá-la para "o século da desumanidade dos governos para com civis desarmados". No caso do genocídio, no entanto, tal prática não pode ser facilmente descartada como sendo um dano colateral imposto a um inimigo de guerra. Trata-se de extermínio deliberado.
O
século XX começou oficialmente do dia 1º de janeiro de 1901. Naquela
época, uma grande guerra já estava em andamento; portanto, vamos começar
por ela. Mais especificamente, era a guerra iniciada pelos EUA contra
as Filipinas, cujos cidadãos haviam sido acometidos da ingênua noção de
que a libertação da Espanha não implicava uma nova colonização pelos
EUA. Os presidentes americanos William McKinley e Theodore Roosevelt
enviaram 126.000 tropas para as Filipinas para ensinar àquele povo uma
lição sobre a moderna geopolítica.
Os
EUA haviam comprado as Filipinas da Espanha por US$20 milhões em
dezembro de 1898. O fato de que os filipinos haviam declarado
independência seis meses antes dessa compra era irrelevante. Um negócio é
um negócio. Aqueles que estavam sendo comprado não podiam dizer nada a
respeito, muito menos protestar.
Naquela
época, era uma prática comum fazer a contagem de corpos dos combatentes
inimigos. A estimativa oficial foi de 16.000 mortos. Algumas
estimativas não-oficiais falam em aproximadamente 20.000. Para os civis,
tanto naquela época quanto hoje, não há estimativas oficiais. O número
mais baixo fala em 250.000 mortos. A estimativa mais alta é de um
milhão.
E então veio a Primeira Guerra Mundial e as comportas foram abertas — ou melhor, os banhos de sangue foram institucionalizados.
LEIA O ARTIGO COMPLETO clicando AQUI: http://juliosevero.blogspot.com.br
sufandonoassude.blogspot.com.b