“…Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Atraí-os
com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que
tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento.” Oséias 11:3-4
Perguntam-me
porque aceitar as regras e imposições da Bíblia existindo tanta coisa
boa para se experimentar e viver. Que viver é isso: usufruir ao máximo o
que a natureza nos propõe sem se preocupar com o medo do amanhã. Pois
viver é curtir, é extravasar; é ter algo super legal para contar aos
filhos e netos. Logo, é muito melhor viver assim do que ser marionete da
religião e de seus líderes doentes.
Então
respondo: Viver para mim é Cristo e isso não me traz nenhum medo do
amanhã e sim a firme esperança da glória. Não tê-lo é vegetar, é falsa
ilusão de liberdade e prazer. Não sou marionete da religião, pois não as
sigo, portanto não vivo por regras e imposições, mas pelo propósito da
existência.
No palco da vida, somos todos marionetes. Qualquer liberdade pregada é pura bobagem e engano quando a verdade a ela atrelada baseia-se somente no antropocentrismo (verdade relativa), que é tão frágil, limitada e inconstante.
No palco da vida, somos todos marionetes. Qualquer liberdade pregada é pura bobagem e engano quando a verdade a ela atrelada baseia-se somente no antropocentrismo (verdade relativa), que é tão frágil, limitada e inconstante.
Portanto,
prefiro ser marionete nas mãos de um Deus vivo e responsável, pois a fé
e esperança nEle depositados me garantem a certeza de quem sou e para
onde vou. Não sou uma marionete no palco dos teatros da vida sem rumo,
das peças sem fecho. Sou marionete do caminho certo e proposto em
verdades eternas e absolutas (creia-se ou não). Quem segura minhas
cordas jamais as abandonará.
No
show da minha vida, posso não ter os aplausos da plateia que mais vibra
pelos erros e quedas que pelos acertos, mas sempre terei o sorriso
seguro do Mestre (acertando ou não) que conhece o percurso, o começo e o
fim da história e é o próprio caminho. Oras, até quando caio é Ele quem
me levanta. Estou certo de que a corda não arrebentará e no momento
certo os movimentos serão perfeitos. E a peça concluída não será
ovacionada por meros expectadores. Pois não estou em um teatro qualquer,
sou marionete do caminho. E no caminho, meu destino é certo e meus
aplausos não serão de homens, mas de miríades de anjos. Glória a Deus
por isso.
Ah,
e não há como fugir, somos realmente todos marionetes, sejam de
paixões, da política, dos sistemas, da sociedade ou de si mesmo. Queres
se livrar das amarras? Impossível. No palco desse mundo as cordas nunca
nos deixam.
E
o que Deus faz então? Simplesmente troca as cordas do mundo, pecado e
diabo, por cordas de amor, para que se viva a plenitude da vida e da
liberdade, que não é a ausência de cordas, mas a presença e direção de
Deus. E por ser graça de Deus aos homens, nos tornamos novamente
escravos, mas agora escravos da liberdade, escravos de CRISTO. Porém,
essa escravidão produz consolo e descanso.
Não
é escravidão humana a uma divindade, mas se trata de um vínculo eterno
daquele que nos laçou com cordas de amor. É a impossibilidade do
afastamento dos santos do Rei da Glória diante de seus atributos e graça
irresistível. Ora, se o amo e o quero e estou com Ele, sou e serei
eternamente escravo do Rei Jesus, marionete de Deus.
Izaias Matosr
FONTE: “ALÉM DO CATIVEIRO”