Um novo relatório concluiu que as guerras do futuro podem ser decididas
através da manipulação da mente das pessoas. A pesquisa adverte que as
potenciais aplicações militares de avanços na neurociência têm de ser
acompanhadas mais de perto. “Novas tecnologias
de imagem permitirão novos alvos no cérebro, e enquanto alguns serão de
vital importância para a medicina, outros podem ser usados para
incapacitar as pessoas”, disse o cientista Rod Flower, da Universidade
de Londres.
O relatório descreve como essa tecnologia
está permitindo que organizações como a Defense Advanced Research
Projects Agency dos EUA (a DARPA, Agência de Projetos de Pesquisa
Avançada de Defesa) testem maneiras de melhorar a agilidade mental e
capacidades dos soldados americanos. A neurociência também pode permitir
que soldados operem armamento remotamente, através de interfaces
mente-máquina.
Outra pesquisa poderia ser usada para fabricar gases e eletrônicos que desativem temporariamente as forças inimigas.
Isso potencialmente viola direitos humanos, através da interferência de processos de pensamento, e gera a ameaça de matanças indiscriminadas.
Por exemplo, o painel de cientistas envolvidos no relatório destacou uma situação ocorrida em 2002, em que forças de segurança russas acabaram com um cerco reféns em um teatro de Moscou preenchendo o local com fentanil, um gás anestésico.
Junto com os criminosos, 125 reféns morreram. A Convenção de Armas
Químicas é vaga sobre se tais incapacitantes são legais. Os cientistas
pedem que ambiguidades como essa sejam resolvidas.
Fonte: NewScientist
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