Cristãos chineses são presos por pregar sobre o Natal ao ar livre

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Cerca de 40 policiais de Shenzhen, China, abordaram Cao Nandi e outros oito cristãos, dos quais, sete mulheres, incluindo uma senhora de 70 anos de idade, e os levaram detidos a uma delegacia próxima. O motivo? Eles pregavam sobre o verdadeiro significado do Natal em um parque no sul da cidade.
As mulheres são obreiras do Centro Guanai (Caring) e da Igreja Meilin. O único homem do grupo é membro da Igreja Associação Jovens da Paz.
Quando a esposa de Cao foi até a delegacia de polícia na manhã seguinte, cerca de oito horas depois, foi informada de que não poderia ver o marido.
Cao ama o Senhor apaixonadamente e queria contar aos outros sobre a graça salvadora do Senhor e as Boas Novas do Reino do Céu, mesmo que isso custasse ser odiado por outros e sofrer perseguição. Ele aceitou de bom grado esta punição injusta por compreender a Verdade de Deus e a missão do Pai de salvar as almas perdidas.
De acordo com os últimos relatórios recebidos pela agência de notícias China Aid (Ajuda à China, em tradução livre), todos os detidos já foram liberados.
Segundo Portas Abertas, é importante lembrar que, com a aproximação do Natal, a perseguição do governo aos cristãos deve aumentar. “Devemos orar para que os cristãos chineses respondam com sutileza, e continuem servindo fielmente. Para que diante da perseguição, não tenham medo e não recuem, de modo que conquistem a vitória nesta batalha espiritual”, orienta o ministério.
Crescimento em meio a perseguição
Centenas de cristãos na China foram detidos num domingo, em 2011, quando tentavam realizar um culto. Eles eram membros da Shouwang, uma das maiores igrejas protestantes não registradas, em Pequim
Apesar dos nomes dos novos líderes chineses terem sido anunciados oficialmente este mês, esse processo começou há cinco anos, quando Xi e Li foram ungidos como os sucessores de Hu Jintao e Wen Jiabao, nessa ordem. Todos os anos em decorrência serviram de preparação para que, no tempo determinado, eles possam assumir os postos da liderança do segundo país mais poderoso do mundo.
Há pouco espaço para qualquer mudança significativa repentina na política da China. O que mais se espera de uma nova liderança é que mantenha a continuidade, já que todas as alterações políticas essenciais – com planejamento de longo prazo – são tomadas por consenso, e, portanto, nenhum indivíduo tem o poder de tomar uma decisão importante isoladamente.
No que diz respeito à liberdade religiosa, é provável que a atitude do governo chinês quanto ao crescimento “sem controle” de igrejas casa se mantenha inalterada nos próximos anos. O movimento é composto por igrejas “não-oficiais” que operam fora das áreas controladas pelo governo, como o Movimento Patriótico das Três Autonomias e o Conselho Cristão da China.
Isso explica porque a Igreja Shouwang – que começou como um estudo bíblico caseiro, em 1993, cresceu e tornou-se uma das maiores congregações casa em 2007 – está sendo perseguida pelas autoridades. A igreja possui um piso na Torre de Tecnologia e Daheng Science na área noroeste de Beijing Zhongguancun (distrito tecnológico da China), mas as autoridades impediram o uso da propriedade para cultos. A igreja tem se reunido em um parque por mais de um ano, apesar de esporádica prisão e detenção de seus membros durante os cultos.
Resistência
Polícia chinesa usa de violência para tentar conter o avanço do Evangelho no país
No início deste mês, sete cristãos de uma igreja doméstica na província de Henan foram acusados de participar de atividades de Shouters (Gritadores, em tradução livre), um grupo fundado em 1960, nos Estados Unidos, que foi proibido, em 1980, pelo governo chinês, de cultuar a Deus, segundo a organização China Aid.
Autoridades se opõem até mesmo às igrejas oficiais que procuram resistir aos movimentos do governo. Recentemente foi negada a permissão para um protesto público contra o despejo planejado, supostamente ilegal, e a demolição de uma propriedade da igreja pelos desenvolvedores imobiliários, de acordo com informação da China Aid em 26 de novembro.
Ryan Morgan, gerente regional para o Sudeste Asiático do International Christian Concern, disse: “Nossa única escolha é adorar de forma ilegal e enfrentar a ameaça de assédio, detenção, tortura e prisão. Dezenas de milhões de cristãos na China sofrem com isso hoje. No entanto, as igrejas chinesas parecem ser fortes o suficiente para continuarem a crescer tanto em número quanto em profundidade espiritual em face à perseguição”.
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Fonte: Portas Abertas

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