As GUERRAS e os RUMORES de GUERRAS em que VIVEMOS

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ESTÁ SE CUMPRINDO

Turbilhão econômico e crises militares 

Escrito por Jeffrey Nyquist | 09 Outubro 2012

É possível que haja uma guerra entre Japão e China nos dias de hoje?

Com a Europa passando por uma desordem econômica e o Oriente num turbilhão, não há razão para ser otimista.

Os eventos estão se desenrolando rapidamente nos dias de hoje, o que sugere a chegada de mudanças substantivas. Com tanques nas ruas da Venezuela, artilharia turca bombardeando posições sírias, inquietação em Teerã e o agravamento nas tensões entre China e Japão, o perigo de possíveis embates abalarem a economia mundial não podem ser descartados. Ao mesmo tempo, a desfavorável marca deixada pelo presidente Barack Obama em seu primeiro debate com o desafiante Mitt Romney criou a impressão de que Romney pode ganhar a eleição e levar a cabo uma mudança na política econômica em Washington.

Haverá alguma boa notícia econômica entre agora e novembro?

Parece que não. Seja ruim o quanto for o noticiário econômico, há algo pior despontando em um futuro próximo. Recentemente, o vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Pak Kil-yon, advertiu em uma reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova York que a Coréia era o local mais perigoso, “onde uma faísca pode desencadear uma guerra termonuclear”. A mídia estatal norte-coreana afirma que a Coréia do Sul está tentando provocar uma “guerra de agressão” contra seus vizinhos do norte. Obviamente, na realidade, o regime da Coréia do Norte é um estado-quartel no qual se mantém seus habitantes à míngua de alimentos para manter sua ditadura socialista. Por conta da economia daquele estado estar próxima ao colapso, e por conta de tudo na Coréia do Norte estar sempre em estado de prontidão militar, uma constante histeria bélica precisa ser mantida junto de uma constante atribuição de culpa generalizada aos Estados Unidos. O fato da Coréia do Norte possuir armas nucleares não deixa essa situação fácil para ninguém.




Ao mesmo tempo, as tensões militares entre China e Japão continuam com resultados econômicos negativos. O site Businessweek.com noticiou que o banco JPMorgan avaliou que a contenda entre Japão e China “pode causar um recuo econômico no Japão neste trimestre”. Contrário aos ditos populares, conflitos não são bons para os negócios e uma guerra poderia causar um recuo ainda maior.

É possível que haja uma guerra entre Japão e China nos dias de hoje?

A resposta deve ser sim, pois os políticos de ambos os lados não podem recuar sem ferir o ego. Impossibilitados de recuar, não há outro caminho senão a escalada do conflito. Um dos dois lados deve conceder o território disputado, mas na realidade nenhum pode de fato fazer isso. Se há um modo de sair disso, ninguém ainda viu como se parece esse modo. Da forma como as coisas estão, alguns observadores sugerem que haverá um conflito entre os dois países similar ao que aconteceu nas Ilhas Falkland.

A guerra também ameaça o Oriente Médio quando o primeiro ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou a Síria na última sexta-feira: “Não somos loucos por guerra, mas também não a evitamos [...] Preparem-se para a guerra se vocês desejam a paz”. Irritado por conta dos vizinhos sírios terem ultrapassado as fronteiras e atacado turcos, além de terem derrubado um avião de guerra turco, o governo de Ankara está adotando uma posição mais beligerante, de modo que estão despachando mais tropas para a fronteira e atacando posições sírias com a artilharia. Já é dito que Turquia e Síria já estão em guerra de fato.

Enquanto isso, a respeito de um potencial ataque de Israel às instalações nucleares do Irã, Tobias Buck, no FT.com, disse que Netanyahu optou por um “recuo” tático. Ele cita o pesquisador israelense Yoel Guzansky, dizendo que “Netanyahu adiou a guerra” até a próxima primavera ou até mesmo o verão. O fato é que, com a queda livre da moeda iraniana e a possibilidade da vitória de Romney em novembro, o primeiro ministro de Israel tem bons motivos para aguardar melhores resultados se ele esperar. O que o impulsionou para cima do Irã anteriormente, pelo que parece, foi a crença de que as sanções não estavam funcionando e que Obama poderia ser incitado a apoiar Israel conforme se aproximasse as eleições americanas. Essas crenças não mais se sustentam e o primeiro ministro de Israel dá um passo atrás esperando uma mudança na posição americana.

Poderia haver uma mudança de liderança nos EUA?

As últimas pesquisas da Rasmussen mostram uma derrocada da liderança do presidente Obama (veja Presidential Polls 2012: Romney Now Leaders in Rasmussen Polls). Qualquer coisa é possível, claro, mas vários fatores sugerem que o presidente está em apuros. O entusiasmo que o levou à vitória quatro anos atrás não está mais em evidência. O homem cavalgando um cavalo branco agora é caricaturado como um homem batendo em um cavalo morto. De acordo com o Pew Research Center, apenas metade dos eleitores jovens estão acompanhando as eleições de 2012 se comparado aos números das eleições de 2008. Ainda mais danosa à causa do presidente é a alta porcentagem de jovens adultos que não conseguem encontrar emprego. Em última análise, a economia provavelmente decidirá a eleição; e a economia está cada vez pior. Considere uma nota recente no Monday Morning, que diz que as tendências “em vez de mostrarem uma gradual melhora, movem em direção oposta”. Com a Europa passando por uma desordem econômica e o Oriente num turbilhão, não há razão para ser otimista. O Wall Street Journal em sua versão online colocou a seguinte manchete no dia 1 de outubro: “Perspectiva econômica europeia piora”. O noticiário está cheio de similares.

Nas próximas semanas tudo se esclarecerá; de um modo ou de outro, um horizonte completamente novo deverá aparecer.

Publicado no Financial Sense.

Tradução: Leonildo Trombela Júnior


FONTE:http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/13483-turbilhao-economico-e-crises-militares.html

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