Tempo fechou na Maranata: Cerco policial à farra dos dízimos

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ES HOJE

Lívia Meneghel

Fotos: Dayana Souza
O clima era de tensão na manhã desta segunda (26), na sede administrativa da Igreja Maranata, em Vila Velha, após a ação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) que estourou uma quadrilha que desviava dinheiro de dízimos. Cerca de seis policiais militares e três viaturas estavam do lado de fora do estabelecimento e, os funcionários que chegaram cedo para trabalhar, foram dispensados. Ninguém quis falar sobre o assunto.

A Operação “Entre Irmãos”, organizada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), acontece na Igreja Maranata (ICM) desde às 6h desta segunda-feira (26) e, até o momento, tanto a Polícia Militar como a Igreja foram orientados a não passar nenhuma informação.

A operação te como objetivo desarticular e colher provas relativas à suposta atuação de uma organização criminosa que opera no âmbito da ICM, desviando recursos de doações de dízimos em proveito particular e de terceiros, valendo-se de falsificações, ocultação e dissimulação de bens e valores.

São 12 mandados de busca e apreensão pelo GAECO, envolvendo quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos, além do seqüestro de bens. Ao todo, quatro membros do Ministério Público e 72 Policiais Militares auxiliam nos trabalhos, analisando documentos, computadores, dados e depoimentos de investigados e testemunhas que serão colhidos nos próximos meses.


A Igreja Maranata se originou no Espírito Santo na década de 60 e, atualmente, conta com mais de cinco mil templos espalhados pelo mundo todo.


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