Hoje
estou num daqueles dias em que as nuvens negras tentam cobrir meu sol.
O vale são profundo e longo e por vezes sinto medo ao trilhar sozinha
este vale.
As sombras reaparecem e somem, reaparecem e somem num bailar
interminavel e cruel.
O vento frio faz-me perder o equilibrio. Caio de
joelhos.
Olho pra cima e clamo mesmo ser ver ninguém:"Tem misericordia
de mim, SENHOR, porque sou fraco; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos
estão perturbados.
Tem misericordia de mim, SENHOR, olha para a
minha aflição;
Tu que me levantas
das portas da morte;
Olha para mim, e tem piedade de mim, porque estou triste e aflita.
Mas eu ando na minha sinceridade; livra-me e tem piedade de mim.
Ouve, SENHOR, e tem piedade de mim, SENHOR; são o meu auxilio"(palavras do salmista).
Levanto.Cabelos
em desalinho, roupas esfarrapadas, pele castigada pelo vento, pés
frios e calejados. Será¡ que chegarei ao lar?
Terei de volta o que fui
perdendo pelo caminho?
Não sei. As circunstancias dizem que não.
Procuro ver nitidamente o caminho, mas as lagrimas enuviam-me a visão.
Continuo a andar, ansiando um descanso pois estou cansada...
Muito cansada.
Sei que não posso parar agora. Se parar morrerei aqui.
Em
meio aos meus pensamentos recordo-me dessas palavras: "Ainda que eu
andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum, pois Tu
(Deus) estas comigo a tua vara e teu cajado me consolam".
Estou aqui só esperando em ti meu Senhor.
Eu te amo.