"Então foram para um lugar  chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: "Sentem-se aqui enquanto  vou orar".
Levou consigo Pedro, Tiago e  João, e começou a ficar aflito e angustiado.
E lhes disse: "A minha alma  está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e  vigiem".
Indo um pouco mais adiante,  prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela  hora.
E dizia: "Aba, Pai, tudo te  é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero,  mas sim o que tu queres"."
(Mc.14:32 a  36)
Muitas vezes, ocasiões da vida  nos levam à angústia, ficamos como o salmista, no salmo 121, olhando para os  montes e desesperamos pelo socorro, pois não vemos situações naturais para que  este ocorra.
Jesus, porém, passou por uma  situação diferente, ele se angustiou quando soube o que realmente ia acontecer  com ele. O próprio Deus o mostrou e aquilo o deixou “profundamente  triste, numa tristeza mortal.” Apesar dessa tristeza, ele não murmurou,  não reclamou, apresentou a Deus a sua vontade, mas pediu que cumprisse o querer  de Deus, mostrando sua confiança nEle.
O cálice que estava por ser  derramado era o cálice da ira de Deus sobre a humanidade mas, para que fôssemos  livres, Jesus, inocente, foi esmurrado, esbofeteado, chicoteado com lâminas de  ferro nas pontas dos chicotes, cuspiram nele, levou o peso do madeiro, coroado  com espinhos, humilhado, serviu por expiação por nossos pecados, para que  tivéssemos acesso a Deus, por isso se apresentou como o “Cordeiro de Deus”, para  que fôssemos livres do pecado, ou seja, Ele sofreu, para que não caísse sobre  nós a taça da ira de Deus.
Entendo então o quão grave é a  murmuração, a blasfêmia, quando abrimos a boca para “questionar Deus”, com nossa  visão limitada. Quando se está distantes de Deus, não se pode compreendê-Lo, não  há como confiar n’Ele plenamente, apenas quando nos entregamos verdadeiramente e  pedimos, “seja feita a tua vontade”, podemos então desfrutar da intimidade de  Deus, conhecer seus segredos e, ainda que não entendamos, podemos ser felizes  porque cremos em Sua fidelidade.
Creio que Paulo entendeu  também isso quando escreveu “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se  Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho,  mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça,  todas as coisas?” (Romanos 8:31,32).
Quero lembrar que Paulo foi  agredido, preso, apedrejado por seguir a Cristo, mas não abriu a boca para  murmurar contra Deus, e sim louvou o Seu nome, entendendo que Deus “estava no  controle” e que, se aquelas coisas haviam acontecido, era para que o nome do  Senhor fosse glorificado.
Não importa a sua agústia, não  importa o que tem passado, louve ao Senhor, odore a Deus, confie nele, abra teus  olhos e tente observar as oportunidades que Deus está te dando, e que a saída  Ele mesmo irá te proporcionar. A entrega de Jesus, “mas sim o que Tu  queres”, o fez estar hoje assentado ao lado direito, à destra, do Pai  (Hebreus 10:12), Deus tem um lugar maravilhoso para te colocar depois dessa  “tormenta”.
Creia, confie, lembre-se que  os covardes recuam, ficam para traz, então prossiga, persevere.
Ao Deus de Israel, seja honra,  glória, louvor e adoração eternamente.

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