E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens. Marcos 1:17
O convite de Jesus para que sejamos pescadores de homens refere-se a pregar o evangelho sem saber quem o aceitará. Um pescador, no seu ofício, sabe como pescar e até que tipo de peixe irá pegar mas não sabe qual é este peixe. Pescar um determinado peixe do cardume é questão de probabilidade e não de certeza. Pode-se esperar tal peixe mas virá outro. Assim é com o pregador do Evangelho, cabe-nos a tarefa de pregar o Evangelho, mas a conversão é algo exclusivo do Espírito Santo no coração do indivíduo.
Tendo este conceito em mente, que o Evangelho é a nossa pregação, me pergunto sobre os milhares de pessoas que são fisgadas pela pregação da prosperidade. Tais pessoas se converteram ou foram engodadas? Lembremos que apesar da analogia com a pescaria o Evangelho não é comparável a uma isca atraente, pois na Palavra de Deus não há nada desejável para o pecador inveterado, mas a promessa de prosperidade é uma isca realmente forte para aqueles que gostam de um evangelho artificial.
Infelizmente vivemos na era do evangelho artificial. Pregar o verdadeiro Evangelho não traz tantos resultados, pois muitos são os chamados mas poucos os escolhidos (Mateus 20.16). Para os pescadores da industria da fé é necessário quantidade e não qualidade pois estão interessados apenas em tosquiar as ovelhas. Passamos de peixes para ovelhas porque o peixe representa neste contexto o pecador arredio e a ovelha o crente que segue o seu pastor. Os pregadores da prosperidade depenam tanto suas ovelhas que ou elas se acostumam com isso e se corrompem também ou ficam exaustas da tosquia e do fraco alimento espiritual.
Meditemos na nossa responsabilidade de pregar o Evangelho genuíno, acima de qualquer coisa, para que as pessoas se salvem e não apenas encham, ou esvaziem, seus bolsos e corações de dinheiro