Púlpito Cristão

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Certa vez, há muito tempo, um menino nos foi dado e sobre ele veio uma responsabilidade ímpar na história da humanidade, algo insuportável para qualquer outro ser, seja ele humano ou celestial. Esse pequenino veio como embaixador de seu pai, como um mensageiro e missionário. Alguém portador de algo necessário para toda a humanidade. Jesus era seu nome, Emanuel sua mensagem.
É necessário que vejamos o cocho, ou a popular manjedoura, como um púlpito, como um palco de uma nova mensagem. Mas alguns podem perguntar como vejo o cocho como púlpito se estamos acostumados com púlpitos de mármore, acrílico e madeiras brilhantes que expressam riqueza e grandeza?
Chamo você a pensar no “Púlpito de Cristo” como algo frágil, porém onipotente; simples, porém maravilhoso.
 Essa linda mensagem que por um menino nos foi pregada, significava o cumprimento de uma promessa feita por Deus aos homens desde a separação do Criador de sua criatura, que, por si só, não conseguia vencer o pecado.
Dessa forma Deus se apresentava ao mundo não mais como um Deus distante, mas, Deus conosco. “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens” cantavam os anjos como forma de gratidão por essa linda mensagem.
Que bom é saber que nosso Deus cumpriu sua promessa e com grande festa pregou para a humanidade. Ao subir em seu pequeno e simples púlpito, Cristo, o pregador daquela noite, anunciou a todos uma mensagem de esperança, um sermão tão poderoso que fez com que uma estrela se movesse só para serví-lo como luminária e apontasse a todos o caminho de esperança. Os que viram aquela luz foram por ela guiados até aquele pregador que se vestia de um lindo “terno” feito por pedaços de pano e que se consagrava como a própria esperança.
Esperança essa tão esperada por todos, pois era um povo que sofria tantas injustiças, que só esperavam mesmo algo melhor se viesse mesmo de forma divina.
Linda foi aquela noite, pois o melhor e mais poderoso sermão foi ali pregado.
O jovem ainda nem sabia ler ou escrever e muito menos falava; tinha apenas algumas horas de vida e já maravilhoso sermão pregava.
 Era um mensageiro de Deus; foi e anunciou naquela noite a salvação divina. Quebrando toda e qualquer forma de condenação e se tornando a única salvação, tão perfeita que a carregava em seu próprio nome: Jesus, “Deus é minha salvação”.
Sem piano, sem espetáculo, sem teatro, sem muita coisa, o quase nada se torna em tudo e assim era a realidade daquela pequena igrejinha chamada estábulo.
É importante termos em mente que Jesus até hoje prega a todos esse mesmo sermão. Um sermão que tem como cenário a simplicidade e escassez, um sermão sem luz, câmera e ação.
Mas que foi, e, é uma mensagem que nunca se acabará e que se renovará a cada dia em nossas vidas. Amém.

Marcelo de Oliveira

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