Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros
João 13.
Eram dois irmãos vindos da favela. Um deles deveria ter cinco anos e o outro dez. Pés descalços, braços nus. Batiam de porta em porta, pedindo comida. Estavam famintos. Mas as portas não se abriam. A indiferença lhes atirava ao rosto expressões rudes, em que palavras como moleque, trabalho e filhos de ninguém se misturavam. Finalmente, em uma casa singela, uma senhora atenta lhes disse:
Vou ver se tenho alguma coisa para lhes dar. Coitadinhos. E voltou com uma caixinha de leite. Que alegria! Os garotos se sentaram na calçada. O menor disse para o irmão: Você é mais velho, tome primeiro…Estendeu a caixa e ficou olhando-o, com a boca semi aberta, mexendo a ponta da língua, parecendo sentir o gosto do líquido entre seus dentes brancos. O menino de dez anos levou a caixa à boca, no gesto de beber. Mas, apertou fortemente os lábios para que nenhuma gota do leite penetrasse. Depois, devolveu a caixinha ao irmãozinho: Agora é a
sua vez. Só um pouco, recomendou. O pequeno deu um grande gole e exclamou:
sua vez. Só um pouco, recomendou. O pequeno deu um grande gole e exclamou:
Como está gostoso. Agora eu, disse o mais velho. Tornou a levar a caixinha, já meio vazia, à boca e repetiu o gesto de beber, sem beber nada. Agora você. Agora eu. Agora você. Depois de quatro ou cinco goles, talvez seis, o menorzinho, de cabelo encaracolado, barrigudinho, esgotou o leite todo. Sozinho. Foi nesse momento que o extraordinário aconteceu. O menino maior começou a cantar e a jogar futebol com a caixinha. Estava radiante, todo felicidade. De estômago vazio. De coração transbordando de alegria. Pulava com a naturalidade de quem está habituado a fazer coisas grandiosas sem dar importância.
Observando aqueles dois irmãos e o Agora você, Agora eu, nossos olhos se encheram de lágrimas. Que lição de felicidade! Que demonstração de altruísmo! O maior, em verdade, demonstrou, pelo seu gesto, que é sempre mais feliz aquele que dá do que aquele que recebe. Este é o segredo do amor. Sacrificar-se a criatura com tal naturalidade, de forma tão discreta, que o amado nem possa agradecer pelo que está recebendo. Enquanto os dois irmãos desciam a rua, cantarolando, abraçados, em nossa mente vários ensinos de Jesus foram sendo recordados. Fazer ao outro o que gostaria que lhe fosse feito. Amai-vos uns aos outros… Coloca, nas janelas da sua alma, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura para que alcance a felicidade. Amando, ampliará o círculo dos seus afetos e será, para os seus amigos, uma bênção. Faça o bem, sempre que puder. E, se a ocasião não aparecer, crie a oportunidade de servir. Deste modo, a felicidade estará esperando por você.
Disse o Mestre JESUS:
“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz;
se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso fará.”
Meu amigo Max este tema é um dos meu prediletos falar do amor ao proximo.
Deus te abençoe.