O pivô da maldade

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1Samuel 29-31


“Cuidado que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos.”
Hebreus 12.15


A amargura não é um mal que vem sozinho. Quando brota em nossos corações, se não for arrancada imediatamente, tende a crescer rapidamente e a se emaranhar com as raízes de outras plantas, cujo crescimento certamente será comprometido.

Amargura enraizada nos faz cuspir fel. Faz-nos destilar veneno. Ela nos priva da graça porque nos faz contaminar a água pura que brota das fontes do amor do Senhor, e nos isola da possibilidade de amarmos intensamente e de compartilharmos o amor irrestritamente – à exemplo do nosso Senhor – do mesmo modo que de Jesus recebemos amor, graça e perdão.

A amargura faz amargar nosso trabalho, nossos relacionamentos, nossa comunhão – com Deus e com os irmãos –, nossos sentimentos, e até os corações e as mentes de outras pessoas ao nosso redor. A amargura se ramifica rapidamente e nos faz até perverter os caminhos de outras pessoas, influenciando-as a provar desse fel também, em vez de ajudá-las a crescer com qualidade.

Ela (a amargura) gera fofocas, intrigas, divisões. Causa inimizades, afasta, esvazia. Amargura rompe laços, promove desordem, nutre altivez e sentimentos vingativos; nutre inveja e até gera calúnias. É o pivô da maldade. (O diabo tornou-se o que é hoje pela amargura de ter sido excluído do Céu quando o pecado foi achado nele; e desde então ele se dedica a vingar-se de Deus, destruindo e amaldiçoando tudo o que o Senhor criou com tanto amor – principalmente o homem, que é a coroa de toda a Criação.)

A amargura nos faz questionar O Indiscutível; nos faz desacreditar Do Infalível; nos faz afastar do Adorável.

Um coração cheio de amargura mancha uma vida inteira de santidade com uma tinta que somente o Sangue de Cristo pode remover. Ela (a amargura) é um veneno que nos mata aos poucos, com os goles que bebemos a cada dia, mesmo conhecendo (ou não) o seu poder mortal mas sem conseguirmos evitá-lo.

Importa ao amargurado vencer o orgulho e dobrar-se diante dos pés de Cristo – o Amor sempre mais forte que qualquer intensidade de amargura. E importa que façamos isso conscientes que o amor do Senhor compreenderá nossa indignação – embora nem sempre concorde com ela. Não podemos duvidar que, contemplando a sinceridade da nossa confissão, o Eterno Pai de amor usará do Seu poder para nos confortar, nos purificar de toda amargura, arrancar o menor dos ramos das suas raízes, e nos dará vitória sobre ela.

A única amargura que Jesus não pode curar é aquela escondida num coração que não quer se abrir para o Senhor.

Feito isso, o processo de cura é iniciado. E concluir-se-á perfeitamente trazendo paz e vida abundante para a nova fase do coração que não desiste de ser sarado, santo e cada vez mais semelhante ao de Jesus.

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