O que é a enfermidade? É uma ação de todo o corpo para eliminar escórias, mucos e toxinas - Arnold Ereth no seu livro Saúde pela Alimentação.
Saúde não é tudo. Mas, sem saúde, tudo é nada. Nem o trabalho, nem a recreação têm graça quando estamos doentes. Não é assim?
Mas não ter doença manifestada não significa saúde!
E o que é saúde? A OMS (Organização Mundial de Saúde) diz que é o perfeito bem estar físico, mental, social e espiritual. Explicando melhor, acrescentaria que saúde é o perfeito funcionamento de todas as partes de nosso ser - corpo, mente e espírito - numa harmonia comparável ao desempenho de uma complicada máquina de precisão ou então uma orquestra sinfônica de harmonia perfeita, regida por um maestro talentoso: nosso sistema nervoso central (SNC). Este sistema nervoso possui um modelo de como deve ser nosso organismo com saúde e procura constantemente realizar este modelo.
E aí vem a pergunta: Então por que ficamos doentes?
As causas são diversas, porque há vários grupos de doenças: Doenças congênitas, doenças degenerativas e doenças psicossomáticas.
- Doenças congênitas: as causas são, muitas vezes, desconhecidas. Às vezes, são os acidentes de parto, doenças venéreas dos pais, doenças da mãe ou uso de fumo, álcool, drogas ou medicamentos inadequados durante a gravidez. Podem também ser herdadas, especialmente quando os pais são parentes chegados. Em muitos casos, não se consegue uma cura. Os esforços das medicinas serão no sentido de compensar o estado do doente e levá-lo às melhores condições de vida possíveis. Por isto, é tão importante que os jovens se preparem conscienciosamente para o casamento e a paternidade.
- Doenças degenerativas: a causa é a violação das leis da saúde. Se a pessoa nasceu com saúde, seu corpo funcionando perfeitamente e depois aparecem doenças, é porque as leis que a mantém em ordem foram violadas. Se uma máquina fotográfica, uma máquina de lavar ou um automóvel têm leis, é claro que nosso corpo também as tem. Porém, o corpo humano é uma máquina viva. Portanto, ele consegue compensar, corrigir os erros de manutenção, por algum tempo.
Então, pensamos que podemos continuar a praticar os “maus hábitos”, porque não sentimos imediatamente os efeitos dos maus-tratos que lhe demos.
Você abastece seu carro com o combustível adequado, mas não se pergunta se sua comida é adequada para manter sua vida. Você põe na sua máquina de lavar a quantidade exata de roupa e sabão, mas você não se importa em sobrecarregar seu estômago com comida inadequada ou morta, nem sua mente com ansiedade e trabalho em excesso. Você mantém sua impressora em uso constante para não secar a tinta, mas você deixa de se exercitar, até que sua correr 10 metros ou subir um lance de eescadas lhe deixe ofegante.
Percebe? E seu corpo vai compensando tudo isto. Até que um dia ele dá um aviso: - "assim não dá mais. Cuide melhor de mim". Isto pode acontecer através de uma febre, uma diarréia ou uma erupção de pele: são as doenças agudas.
Na realidade, toda doença aguda é um esforço do nosso organismo para se libertar das matérias tóxicas que nele se acumulam, às vezes durante dezenas de anos, por causa da falta de cuidado com as suas leis.
Se você não compreende a advertência, mas apenas engole um comprimido para ficar livre do incômodo e continua abusando das suas reservas de energia, seu organismo acaba desistindo de lutar e a doença toma conta dele. O sistema imunológico, responsável pelas auto-defesas, se enfraquece a tal ponto que não consegue mais combater as bactérias, fungos, vírus ou células malignas (mutantes) e a pessoa se torna vítima de toda sorte de infecções, alergias e outras doenças decorrentes de deficiência imunológica: doenças crônicas.
Em seu estado normal de saúde, o organismo consegue se defender naturalmente destes ataques ou desafios. Aliás, isto só o fortalece pois os germes estão por toda parte, mas nem todos pegam uma gripe ou pneumonia. As células malignas estão presentes em todas as pessoas do século XXI, mas nem todas desenvolvem câncer.
A diferença está no sistema imunológico. Quando este falha, o organismo fica indefeso, portais abertos para todos os agressores: a doença grave se instala. Às vezes ela leva à morte; outras vezes decorre de maneira mais crônica, como na artrite, nas alergias da pele ou nas moléstias do aparelho digestivo. A cura, nestes casos, se apresenta difícil. Se bem que a medicina natural, em muitos casos, consegue reverter o processo, reativando as defesas orgânicas, permanece válida a frase: "Um grama de prevenção vale mais do que um quilo de tratamentos".
- Doenças psicossomáticas: as causas estão na mente, na alma, no sistema nervoso e se refletem sobre o corpo. O termo "psicossomática" é muitas vezes mal compreendido: pensamos tratar-se de doenças imaginárias ou provenientes de mau humor instantâneo ou de vontade de aparecer do doente. Mas a realidade é que estas doenças são muito reais, tão reais como se fossem provenientes da má formação de algum órgão. Elas são resultado da incapacidade da mente de lidar com certo problema: estresse excessivo, emoções negativas, sofrimento excessivo e prolongado, o que transtorna o sistema nervoso central, a ponto de emitir mensagens incoerentes ou exageradas para as diversas partes do organismo.
Na repetição destas ordens, a doença se torna real. Um exemplo bem conhecido é a famosa "úlcera de fundo nervoso". Mas existem muitas outras doenças produzidas ou desencadeadas por falhas do sistema nervoso central, como: a bronquite asmática, a hipertensão arterial, o diabetes, a enxaqueca, as doenças de pele, alguns problemas cardíacos e até o câncer. As pesquisas revelam que entre 70 e 90% de todas as doenças de hoje são de fundo emocional. Imagine o que significaria eliminá-las completamente da nossa vida! - É claro que a vida agitada que as pessoas levam hoje, as predispõe a uma sobrecarga da mente, mas também neste grupo de doenças é válida a conscientização e a prevenção.
"Muito pode ser feito se conhecermos as leis de nossa mente."
Bons hábitos para a preservação da sáude
Toda máquina tem suas leis de funcionamento. Nosso corpo é uma máquina e também tem leis, que precisam ser obedecidas se quisermos nos conservar sadios. Aqui estão 8 regras para um viver saudável:
1- ALIMENTAÇÃO - Atente cuidadosamente para a qualidade, quantidade e combinação dos seus alimentos. Eles formam seu sangue e levam nutrição à cada uma de suas células. Prefira alimentos vegetais, integrais, frescos e se possível de plantio orgânico, preparados de maneira simples. Inicie toda refeição com alimentos crus - frutas ou saladas - na proporção mínima de 50% do total.
2- RESPIRAÇÃO PROFUNDA, em lugares despoluídos. Faça exercícios respiratórios pelo menos 3 vezes ao dia. Se morar na cidade, procure um lugar com ar puro aos fins-de-semana. Próximo a árvores o ar é mais puro. Inspire pelo nariz e expire pela boca. Aprenda a respiração abdominal. Colabore com o meio-ambiente, não poluindo o ar com fumaça, inseticidas, aerossóis, etc.
3- EXERCÍCIO FÍSICO DIÁRIO - Nossa musculatura atrofia quando não os fazemos. A circulação se torna morosa, ineficiente. Há desequilíbrio quando usamos muito a mente e pouco o físico. O exercício produz endorfinas, família de hormônios que provocam relaxamento, alegria e abertura para atitudes construtivas. O melhor exercício é a caminhada ao ar livre, a passo rápido, com a coluna ereta, os braços soltos, o abdómen encolhido e respiração profunda. A natação, o ciclismo, a ginástica orientada são outras formas adequadas de exercício. Escolha o que melhor lhe convém. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.
4- REPOUSO ADEQUADO - Adulto: 7 a 8 horas de sono por dia. Quanto mais cedo se iniciar o sono, mais restaurador ele será. Jantar cedo e leve, para que a digestão esteja completa antes do sono chegar. Relaxar bem antes de dormir. Deixar as vidraças abertas. É útil um período de descanso de 1/2 a 1 hora no meio do dia; mas não é conveniente dormir após o almoço, para não interromper a digestão.
5- LUZ SOLAR - As plantas morrem aos poucos se não receberem suficiente luz solar. Nós também. Procurar tomar sol logo de manhã, até as 10:00 horas ou após as 15:00 horas; Tomar cuidado com o sol da praia - usar protetor solar e chapéu - especialmente no meio do dia. A luz solar, ao penetrar em nossos olhos, ativa a produção de serotonina, um hormônio que produz serenidade e sono. Além disto aumenta as auto-defesas do nosso corpo. Transforma o excesso de colesterol em vitamina D - necessária para fixar o cálcio e o magnésio nos ossos - ajudando com isto a prevenir a osteoporose.
6- USO INTELIGENTE DA ÁGUA - 1 a 2 banhos por dia, sempre com sabonete de pH neutro. Uma vez por semana esfregue a pele com bucha ou toalha áspera. Termine o banho com ducha fria sempre, mesmo no inverno. Beber de 6 a 8 copos de água pura por dia, entre as refeições, para hidratar, purificar e refrescar o organismo. Caso não tenha acesso a água de poço, de fonte ou mineral, ferva a água, depois agite-a e coloque-a em filtro de barro.
7- MODERAÇÃO - Evite todos os excessos, seja no comer, no dormir, no trabalho, no estudo, no esporte, etc. Equilibre a prática das leis de saúde e evite completamente os hábitos nocivos, como o uso de álcool, fumo e drogas. Tente abster-se de uma, duas ou três refeições, uma vez por semana, substituindo-as por sucos de frutas, raízes e caldo de verduras. Isto proporciona um descanso muito benéfico ao seu aparelho digestivo e, ao mesmo tempo, uma mini-desintoxicação diária.
8- ATITUDE MENTAL CORRETA - Não pode haver saúde, se nossa mente for povoada de pensamentos negativos como ódio, inveja, frustração, sentimentos de inferioridade ou de culpa. Aprenda a manter uma atitude positiva, esperançosa, animada e altruísta. Leia bons livros sobre o assunto. Leia uma parte da Bíblia com oração e meditação diariamente. Entregue seus cuidados ao seu Criador, que quer ser seu Pai e se interessa carinhosamente pelo seu bem-estar. Logo você sentirá a ansiedade desaparecer.
Texto extraído da apostila do curso Preservação e Recuperação da Saúde de Catharina Walzberg - Retiro de recuperação da saúde - Jarinu/SP
http://www.docelimao.com.br/site/desintoxicante/simplesmente-saude/223-por-que-ficamos-doentes-.html