HSBC: grande lavanderia do dinheiro das drogas

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HSBC não conseguiu agir sobre lavagem de dinheiro, disse Senado dos EUA

Uma dura e contundente investigação do Senado dos EUA concluiu que o gigante HSBC, o maior banco da Europa, com sede em Londres, Inglaterra, ignorou todos os sinais de alerta de que as suas operações globais estavam sendo usadas para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e por potenciais terroristas. A Divisão mexicana do HSBC também esta sofrendo uma crítica particularmente dura e difícil. Segundo o relatório, ela continuou a fazer negócios com “casas de câmbio” – negócios de troca de moedas – anos depois que os seus concorrentes pararam esse tipo de operação…

Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

A Investigação concluiu que o HSBC S/A o maior banco da Europa ignorou os sinais de alerta sobre os lavadores de dinheiro das DROGAS e terroristas potenciais.

- Fonte: http://www.guardian.co.uk/

Dominic Rushe em Nova York - The Guardian

Uma dura e contundente investigação do Senado dos EUA concluiu que o gigante HSBC, o maior banco da Europa, com sede em Londres, Inglaterra, ignorou todos os sinais de alerta de que as suas operações globais estavam sendo usadas para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e por potenciais terroristas.


A sede do HSBC em Londres. De acordo com uma investigação do Senado dos EUA, o banco não agiu com controles sobre a lavagem de capitais das drogas. Fotografia: Facundo Arrizabalaga / EPA

As conclusões do inquérito serão exibidas terça-feira em Washington quando os funcionários do HSBC serão chamados para explicar as ações do banco. A comissão do Senado divulgou um relatório com 340 paginas antes dessa reunião que catalogou e citou os controles frouxos nas operações do banco.

A Divisão mexicana do HSBC esta sofrendo uma crítica particularmente dura e difícil. Segundo o relatório, ela continuou a fazer negócios com “casas de câmbio” – negócios de troca de moedas – anos depois que os seus concorrentes pararam esse tipo de operação por medo de que elas pudessem ser operações de fachadas para lavagem de dinheiro dos grandes cartéis de drogas.

O relatório diz que o HSBC do México tinha uma filial nas Ilhas Cayman que, em 2008 trabalhou com 50.000 contas de clientes e US$ 2,1 bilhões em participações societárias – em país onde sequer tinha pessoal ou escritórios. O HSBC também enviou notas bancárias (Note Bank) de carro ou avião para o HSBC nos EUA. O banco enviou US$ 7 bilhões para os EUA desde o México, em 2007 e 2008, segundo o relatório.


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O banco também contornou as sanções econômico-financeiras norte-americanas impostas a países como Cuba e o IRÃ, diz o relatório. Em um caso analisado pela comissão, duas filiais do HSBC processaram 25.000 operações envolvendo US$ 19.4 bilhões, durante mais de sete anos sem revelar as ligações das transações com o IRÃ.

O banco HSBC também forneceu dólares e serviços bancários para bancos na Arábia Saudita e Bangladesh, apesar desses bancos terem conexões com o financiamento do terrorismo, diz o relatório.

Em outro exemplo de falta de controle, diz o relatório sobre as atividades ilegais do HSBC, apuraram operações de limpeza de dólares de US$ 290 milhões ao longo de quatro anos, em cheques de viagens (US travellers Checks) suspeitos para um banco japonês, beneficiando russos que alegavam estar no negócio de carros usados.

“Em uma época de terrorismo internacional, de consumo elevado e violência das drogas, o crime organizado em nossas ruas e em nossas fronteiras, parar o fluxos de capitais ilícitos que suportam essas atrocidades é um imperativo de segurança nacional”, disse o senador Carl Levin, presidente da subcomissão do senado.



“O HSBC usou o seu banco nos EUA como uma porta de entrada para o sistema financeiro dos EUA para algumas de suas filiais do HSBC em todo o mundo fornecer (e lucrarem muitíssimo) serviços de dólares norte-americanos para os clientes enquanto estava jogando rápido, fácil e livre com as normas bancárias norte americanas”.

Em um comunicado na noite de segunda-feira o HSBC declarou: “Nós aprendemos muito trabalhando com o subcomitê sobre esta caso e história e também estamos trabalhando com as autoridades reguladoras dos EUA, e reconhecemos que nossos controles poderiam e deveriam ter sido mais fortes e eficazes, a fim de detectar e lidar com um comportamento inaceitável”.

“Acreditamos que esse caso histórico irá fornecer importantes lições para toda a indústria financeira na busca de evitar atores ilícitos que entram no sistema financeiro global. “Com uma nova equipe de liderança sênior e uma nova estratégia sendo implantada desde o ano passado, o HSBC já tomou medidas concretas para aumentar o seu quadro para responder a estas questões, incluindo mudanças significativas para fortalecer o cumprimento de gestão de risco, e da cultura.”



O relatório também é altamente crítico aos reguladores do governo. Em 2010, o Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency-OCC), havia citado o HSBC para uma série de deficiências, incluindo a falta de acompanhamento em transferências eletrônicas de US$ 60 bilhões e atividades das contas e uma carteira de 17.000 alertas de pendências sobre as atividades suspeitas de contas.

Mas os investigadores descobriram que o Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency – OCC) não tinha tomado uma única ação sequer de penalização contra o banco nos últimos seis anos.

O novo executivo-chefe do HSBC, Stuart Gulliver disse a equipe na semana passada que ele iria pedir desculpas pelo comportamento passado do banco antes do que se espera que seja aplicado uma multa substancial ao HSBC.

“Entre 2004 e 2010, nossos controles para lavagem de dinheiro deveria ter sido mais forte e eficaz, e não conseguimos detectar e lidar com o comportamento inaceitável“, disse Gulliver.



“A observância e a cultura do HSBC para o cumprimento das normas legais tem sido permissivamente poluída por um longo tempo“, disse Levin.

“A recente mudança na liderança do banco sinaliza que o HSBC está empenhado em limpar a casa. Esse compromisso é bem-vindo, certamente, mas vai demorar mais do que meras palavras para o banco mudar de rumo. Assim como certo é a necessidade de regulação mais dura pela OCC”.

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