Igreja Católica traça estratégias para frear crescimento de igrejas evangélicas em áreas pobres

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Igreja Católica traça estratégias para frear crescimento de igrejas evangélicas em áreas pobres Um dos principais temas discutidos durante a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Igreja Católica, que terminou na última sexta-feira (19) foram as estratégias da igreja para reforçar sua presença em meio a comunidades mais pobres.
Esse trabalho, voltado para as chamadas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), faz parte das iniciativas da Igreja Católica para recuperar sua presença nas áreas mais pobres, onde perde fiéis para as igrejas evangélicas.
- É um jeito de fazer com que os leigos lá na base comecem novamente a se articular – explicou o presidente para comissão para o laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Severino Clasen.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o padre Benedito Ferraro, assessor da Ampliada Nacional das CEBs, afirma que a volta da discussão em torno desse tema, que havia perdido força com o distanciamento da Igreja Católica com a esquerda, é um reconhecimento de parte dos bispos de que a retração abriu espaço para as evangélicas, como a Assembleia de Deus.
- Talvez representem uma época, da ditadura militar, e foi aí que o povo conseguiu ter voz… Em 30 anos, se faz um longo caminho. Então eu não posso simplesmente repetir o discurso de 1980 nem a prática de 1980 ao pé da letra – argumenta dom Cláudio Hummes sobre as Comunidades Eclesiais de Base
Defensores das CEBs esperam grande apoio do papa Francisco, que como bispo foi o relator Documento de Aparecida, que marcou o início da retomada das CEBs em 2007, na Conferência do Episcopado Latino-Americano. O apoio por parte do Papa é esperado tanto por ele ter participado do Documento de Aparecida quanto por sua defesa de uma “igreja para os pobres” – embora sem viés esquerdista.
A própria eleição do papa Francisco, primeiro líder da Igreja Católica não europeu, foi atribuída por vário veículos de imprensa em todo o mundo como uma estratégia do Vaticano para frear o crescimento dos evangélicos, sobretudo na América Latina, e para impedir a diminuição no número de fiéis católicos.
A América Latina é, atualmente, a região do mundo que concentra o maior número de católicos em todo o mundo, número esse estimado em cerca de 1 bilhão e 100 milhões de pessoas. O Brasil é o país com o maior número de católicos, com 126 milhões de fiéis.
Por Dan Martins, para o Gospel+

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